Com escolas fechadas e aulas acontecendo predominantemente online, a forma de se estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), previsto para acontecer em janeiro e fevereiro de 2021, tem sofrido uma série de modificações. Pensando nisso, instituições de ensino buscam cada vez mais por tecnologias educacionais, ferramentas capazes de auxiliar na árdua preparação para as provas de ingresso ao Ensino Superior.
Segundo os criadores da startup potiguar Planejativo – vinculada à Inova Metrópole, incubadora de empresas sediada no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) – a busca por soluções de ensino e aprendizado remoto cresceu consideravelmente nos últimos meses, aumentando, desde março, o número de usuários de sua plataforma online de 38 mil para 98 mil.
“A procura, tanto de professores como de alunos, deu um salto nos últimos meses. Isso porque a plataforma tem sido vista como uma verdadeira salvação, já que não há mais aulas presenciais e muitos conteúdos não estão sendo repostos”, comenta um dos CEO’s da startup, Heric Santos.
A plataforma, que recebe o mesmo nome da empresa, tem promovido auxílio completo e gratuito para estudantes de todo o Brasil, oferecendo apoio virtual desde o estabelecimento de um cronograma de estudos até a análise de desempenho completa. Recursos de Inteligência Artificial (IA) também permitem que o candidato ao ENEM faça um planejamento adaptativo, de maneira que todo o cronograma de atividades semanais seja readaptado automaticamente, caso haja algum imprevisto na rotina do aluno.
“O usuário é orientado a como estudar, quantas horas por dia, quais assuntos e ainda recebe uma lista de questões para resolver e dar seguimento à sua preparação”, explica Tainara Celi, sócia e CEO da empresa.
Futuro
Para os sócios, iniciativas como o Planejativo compõem o futuro do aprendizado e da preparação para provas de exames e concursos. Se antes era preciso gastar tempo planejando, buscando conteúdos e frequentando aulas presenciais, hoje a tecnologia permite fazer tudo isso automaticamente em um único espaço virtual.
“O estudante não precisa mais buscar em fontes diferentes, a tecnologia reúne tudo o que ele precisa: questões, aulas, cronogramas e análises de desempenho”, destaca Heric Santos, cuja plataforma reúne mais de 40 mil questões específicas para o ENEM, além de aulas em vídeo e resumos catalogados.
A respeito do novo contexto ocasionado pela pandemia do Covid-19, os sócios enxergam o momento como um divisor de águas. “Eu creio que o estudante vai ganhar mais pró-atividade e hoje ele já percebe que existe, sim, a possibilidade de se estudar de modo autônomo, sem desconsiderar, obviamente, a importância dos professores nesse processo”, comenta Santos.
Em outros lugares do mundo, essa perspectiva já é uma realidade. Segundo previsões publicadas na revista Forbes, o mercado de ensino a distância nos Estados Unidos alcançará a marca dos U$ 325 bilhões até 2025.
“Muitos cursinhos online têm crescido e, após a pandemia, acredito que os estudantes passarão a considerar o estudo pró-ativo como uma boa alternativa”, comenta o CEO. “O próprio desenvolvimento tecnológico de hoje aponta para isso. Muitas plataformas estão usando IA para aumentar o potencial dos estudantes e isso, realmente, representa o futuro”, comenta Tainara Celi.
Criada em 2019, a startup Planejativo tem trabalhado, junto à Inova Metrópole, na construção de modelos de negócios capazes de contemplar, além dos estudantes, cursinhos de Natal que buscam por espaços online para oferecer formação de preparação para o ENEM.
Escolas públicas
Outro fenômeno percebido é a crescente busca pela plataforma por alunos de escolas públicas, tanto do RN como de outros estados do Brasil.
“Acreditamos que os professores da rede pública estejam orientando os seus alunos a entrarem no Planejativo para dar continuidade aos estudos, já que as escolas estão fechadas no momento. Hoje já temos turmas inteiras do ensino público cadastradas na plataforma”, conta Tainara Celi.
A startup também tem participado de uma série de projetos sociais articulados por professores e estudantes universitários, de maneira a promover ensino e preparação completa para alunos de baixa renda.
Para promover mais acessibilidade, a empresa também prevê a criação de um aplicativo, previsto para ser lançado em setembro deste ano.
Imagem: IMD
Fonte: Ascom/IMD