O senador Jean Paul Prates (PT-RN) apresentou, nesta semana, um projeto de lei que concede ao município de João Câmara o título de Capital Nacional dos Ventos.
Na justificativa da proposta, o parlamentar lembra que a cidade está fincada numa das áreas de maior concentração de aerogeradores por metro quadrado do mundo, sendo marco de desenvolvimento para o setor eólico no Brasil. “Hoje, João Câmara é a 10ª cidade que mais recolhe impostos no Rio Grande do Norte. Os fortes ventos que sopram na área atraíram grandes empresas nacionais e multinacionais, devolvendo vida pujante ao comércio, posição de destaque ao município e restabelecendo a relação homem e natureza”, disse.
Jean Paul lembra ainda que a energia eólica não prejudica outras atividades econômicas nos municípios onde estão instaladas. “A criação de gados ou plantações podem coexistir com os aerogeradores”, destaca. “A Produção de energia limpa e renovável também gera renda para grandes e pequenos proprietários de terras, onde as torres são instaladas”, completa.
Fique por dentro
O Brasil tem 645 parques eólicos em operação comercial, que geram 15,8 gigawatt (GW), dos quais 4,4 GW são gerados nos 163 parques localizados no Rio Grande do Norte. O Rio Grande do Norte é responsável, sozinho, por quase 30% da capacidade de produção de energia eólica do Brasil.
A região dos municípios de João Câmara e Parazinho possuem a maior densidade de aerogeradores do país. João Câmara possui 29 parques, com 741,5 megawatts de potência eólica instalada. “A região se transformou em um grande polo gerador de energia limpa, fundamental para o desenvolvimento do País”, lembra Jean Paul.
História
Em 2009, o Brasil fez o primeiro leilão para geração de energia por meio dos ventos. O Rio Grande do Norte foi o estado que mais teve projetos contratados na época – 23.
Ao longo de 10 anos, os investimentos do setor movimentaram aproximadamente R$ 15 bilhões e geraram mais de 30 mil empregos. Além disso, cada parque eólico instalado no estado pode gerar até 200 empregos diretos durante a construção.
O setor eólico também contribui para elevação do PIB per capita dos municípios, por exemplo, em 2010, os municípios Bodó e Parazinho ocupavam, respectivamente, 41º e 155º posições na tabela geral de municípios do estado. Em 2017, alcançaram 2º e 3º posição. Já os municípios de Pedra Grande, São Bento e João Câmara ocupavam 46º, 30º e 48º posições, respectivamente. Em 2017 avançaram para 5º, 4º e 7º no ranking.
Crédito da Foto: Atlantic Energias/Divulgação
Fonte: Assessoria de Comunicação / Senador Jean Paul Prates