Autoridades policiais têm divulgado uma série de alertas para pais de crianças e adolescentes que navegam na internet. A mais recente ameaça se identifica como Jonatan Galindo nas redes sociais e usa fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney.
São vários perfis que se aproximam de menores de idade no Facebook por meio de mensagens perturbadoras, que podem induzir ao suicídio.
A polícia já apurou que o primeiro deles foi criado na Europa, em 2017, com posts em espanhol. Ainda não há casos confirmados no Brasil, mas algumas contas com codinome Jonatan Galindo já apresentam conteúdo em português.
“Este perfil faz o desafio para que o interessado envie uma mensagem privada e, em resposta, passa a enviar vídeos, textos, áudios e até a fazer ligação por vídeo ao vivo. Essas mensagens causam desconforto, medo, terror e podem até induzir ao suicídio”, explica a delegada de Polícia Civil Fernanda Lima, em um vídeo postado em sua conta no Instagram.
Diante dos riscos, a Polícia Civil e o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina orientam pais e responsáveis a monitorar o conteúdo que tem sido acessado pelas crianças e observar eventuais mudanças de comportamento.
Ameaças
Essa não é a primeira vez que o uso das redes sociais se torna uma ameaça para os pais. Em 2017, o desafio da baleia azul, surgido em uma rede social russa, viralizou entre jovens e foi associado a uma onda de suicídios entre crianças e adolescentes.
A reportagem tentou contato com o Facebook Brasil para saber se serão tomadas providências diante das considerações da polícia, mas não obteve retorno até o momento.
Dicas para proteger sua família
Em uma cartilha com dicas para ajudar os pais a protegerem seus filhos na internet, Fernanda afirma que a melhor estratégia é manter um diálogo aberto. Isso por que crianças com problemas de relacionamento com os pais tendem a ser alvo mais fácil de criminosos nas redes sociais.
“Conversar e fortalecer a relação de confiança também é fundamental para que, caso algo aconteça, ele se sinta à vontade para te procurar e contar imediatamente o que ocorreu”, pontuou Fernanda, especialista em investigação de crimes contra crianças e adolescentes.
Saber que páginas eles têm visitado é fundamental:
“Mesmo que seu filho seja adolescente, não é demais lembrar que você tem total responsabilidade pela garantia da integridade física e psicológica dele, portanto, monitore constantemente o que seu filho vê, lê, ouve, escreve ou assiste pela internet. Os criminosos sexuais usam diversas estratégias para se aproximar das crianças e dos jovens, e podem aproveitar essa brecha até mesmo para obter informações sobre a rotina da sua casa e marcar encontros às escondidas para praticar os abusos”, aconselhou Fernanda.
Fonte: Metrópole
Imagem: redes sociais