Seis bebês prematuros recém-nascidos estão internados de forma improvisada no centro cirúrgico e na sala de parto da Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), nesta quarta-feira (24).
De acordo com a direção da maternidade localizada na Zona Leste de Natal, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal está trabalhando com uma lotação de 130%. Os bebês aguardam transferência para leitos de enfermaria ou de UTI.
Os 23 leitos de UTI Neonatal amanheceram ocupados nesta quarta (24) e outros sete bebês prematuros precisaram ser colocados em leitos improvisados nas salas de parto e no centro cirúrgico. Segundo a direção da MEJC, um dos sete bebês está a caminho do Hospital da Polícia Militar. Os outros seis permanecem na sala improvisada.
“A maternidade tem passado nos últimos dias uma superlotação de bebês prematuros. Nós estamos, em média, com sete a dez bebês todos os dias ocupando leitos do centro cirúrgico, da sala de recuperação e da sala de parto”, explicou Maria da Guia Medeiros, gerente de atenção à saúde da maternidade.
De acordo com a direção da unidade, a alta demanda por leitos de UTI acontece por causa do aumento pacientes com gestação prematura e também por consequência indireta da pandemia de Covid-19. A MEJC utilizava leitos de UTI do Hospital Santa Catarina como retaguarda.
No entanto, por causa do novo coronavírus, estes leitos do Santa Catarina passaram a ser exclusivos para atendimentos de mulheres com gravidez de risco ou de pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19. A Maternidade Escola Januário Cicco não atende casos de coronavírus. Sobre o assunto, a MEJC se pronunciou por nota. Confira trecho:
“Desde o início da pandemia do Coronavírus, a instituição passou a adotar medidas que visam a proteção de pacientes, familiares, acompanhantes, profissionais de saúde e sociedade em geral.
Diante das especificidades que possuí, a MEJC, pactuou com a Secretaria de Saúde Pública (SESAP) do Estado o compromisso de receber às pacientes com gestação de alto risco da 3ª Regional de Saúde e assim, os leitos do Hospital Santa Catarina serem destinados a pacientes grávidas com gestação de alto risco, com suspeita ou diagnóstico de Covid-19, sendo então uma unidade de retaguarda para pacientes da 3ª regional de saúde. Medida que aumentou os índices de atendimento em mais de 30%, destes 23% são da 3ª regional de saúde do Estado, uma média de 12,3 procedimentos diários”.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
Fonte: G1 RN
Imagem: cedida