Após o início da greve dos rodoviários na última segunda-feira (22), a população de Natal enfrenta dificuldades para utilizar o transporte público, o que tem gerado aglomerações em plena pandemia de Covid-19. Na segunda e terça (23), o Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro) impediu que ônibus saíssem das garagens.
A prefeitura de Natal havia determinado que 43,27% (254 veículos) da frota fosse mantida em circulação, o que não foi cumprido.
Diante dos fatos, a prefeitura pede que a paralisação das atividades seja considerada ilegal, que seja restabelecido o patamar mínimo de 254 veículos enquanto durar o período de combate à propagação do novo coronavírus, e de 100% da frota assim que o Governo do Rio Grande do Norte determinar a flexibilização das medidas de restrição a circulação de pessoas e ao comércio, sob pena de multa de R$ 300 mil por dia de descumprimento, com responsabilidade do Sintro e do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn).
Segundo a prefeitura, “trata-se de situação gravíssima que requer a pronta intervenção do Poder Judiciário para obstar a deflagração do movimento paredista, a fim de que a coletividade não seja prejudicada em seu direito de locomoção e de saúde, considerada a situação da pandemia”. O caso agora será analisado Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região.
A greve é motivada pela necessidade de cumprimento de garantias da data-base para a categoria, além da restauração dos planos de saúde e vale-alimentação dos rodoviários.
Prefeitura e Governo fecham acordo para subsidiar transporte
A Prefeitura de Natal e o Governo do Rio Grande do Norte selaram um acordo para reduzir os tributos incidentes sobre o transporte público na cidade. Pelo acerto, a prefeitura vai reduzir em 50% a cobrança sobre ISS e o governo, 50% sobre a taxação de ICMS sobre os combustíveis. Ambos entendem que o novo estímulo dá ao setor melhores meios para negociar o fim da greve dos rodoviários.
A categoria quer que as empresas mantenham o pagamento de vale-alimentação e plano de saúde. Estas questões de cunho trabalhista estão sendo mediadas pela Justiça do Trabalho já que a data base da categoria acontece no mês de maio, mas ainda não foi firmado o dissidio coletivo.
Fonte: Agora RN
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