Possibilitar que pacientes fisioterapêuticos continuem sendo assistidos mesmo durante este período de isolamento. Esse é objetivo do Plano de Contingência para Atenção Fisioterapêutica Remota. A iniciativa prevê desde o contato individualizado para avaliação clínica até a prescrição de fisioterapia domiciliar.
A necessidade de isolamento social, condição para diminuir a velocidade da disseminação da covid-19 entre a população, levou à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) a determinar temporariamente a suspensão das aulas e demais atividades presenciais. A medida segue orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Mas para que os pacientes sob cuidados fisioterapêuticos vinculados às atividades de ensino e extensão do Departamento de Fisioterapia (DFST) não ficassem desassistidos, a UFRN, por meio do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e do DFST, colocou em execução o Plano de Contingência para Atenção Fisioterapêutica Remota.
Trata-se de um projeto de extensão voltado para dar assistência aos casos clínicos sob a responsabilidade do DFST durante o período de isolamento social. Para isso, foram mobilizados 15 profissionais, entre os quais estão professores e fisioterapeutas, e dezenas de alunos do curso de Fisioterapia para prestar remotamente auxílio a esses pacientes.
De acordo com o coordenador da ação e professor do DFST, Túlio Oliveira de Souza, esses pacientes tiveram de interromper o acompanhamento terapêutico em razão da necessidade de isolamento devido à pandemia do novo coronavírus. E muitos pertencem aos grupos de risco para a covid-19. Mas eles continuam precisando de assistência. O Plano de Contingência para Atenção Fisioterapêutica Remota foi pensado justamente como uma maneira de continuar prestando atendimento a esses pacientes e também de ampliar a aprendizagem dos alunos que voluntariamente se vinculam ao projeto.
O professor Túlio Oliveira explica que os dados do paciente que estava em atendimento na ocasião da paralisação das atividades de atendimento ao público são previamente avaliados pela equipe. Depois disso, é estabelecido um contato telefônico em que primeiramente se faz uma sondagem sobre sinais clínicos de covid-19 e são repassadas orientações sobre a doença. Na sequência, é feita uma avaliação remota sobre condição clínica da patologia ou disfunção de base relacionada à reabilitação e, quando necessário, é feita a prescrição de fisioterapia domiciliar com exercícios orientados. Nesse caso, é estabelecida qual a melhor forma para orientar a realização dos exercícios, seja por vídeo, ligação, disponibilização de cartilha ou outro meio. O professor também informa que os pacientes público-alvo do projeto são reavaliados semanalmente.
Imagem: Igor Duarte
Fonte: Agecom/UFRN