O Governo do Rio Grande do Norte já discute a adoção do “lockdown” no Estado, como forma de manter a população em casa e as atividades não essenciais paradas e, desta forma, conter a propagação do coronavírus pelos municípios potiguares.
O lockdown foi abordado nesta quarta-feira (6) durante a coletiva de imprensa dos representantes do Governo do Estado sobre as ações relacionadas com a doença. Segundo o médico Petrônio Spinelli, secretário adjunto da Saúde Pública do Estado, o Rio Grande do Norte está mais perto de um bloqueio obrigatório do que de medidas de flexibilização no isolamento social.
“Devido às aglomerações nas ruas estamos entrando numa fase extremamente perigosa. Fortaleza já entrou em lockdown, Maceió, Recife e Manaus estão próximo disso. Criou-se a ilusão de que seria possível flexibilizar. Ainda não. E o uso da máscara não é garantia para ir às ruas com segurança. Estamos mais perto do lockdown do que da flexibilização”, disse.
No entanto, o governo estadual não tem planejamento para efetivar este bloqueio total. O Estado segue com as regras de restrição, impostas por decreto estadual, cuja validade é o dia 21 de maio. A educação – redes pública e privada – está com a atividades suspensas até o dia 31 de maio.
Ainda segundo Petrônio Spinelli, os casos de contaminação pelo novo coronavírus crescem e estão espalhados por todo o Estado. Ele aponta que a situação decorre dos registros de aglomerações observados nos últimos dias. Atualmente, de acordo com dados do governo estadual, o índice de isolamento social da população é de 40%.
O Rio Grande do Norte tem, até esta quarta-feira (6), 72 mortes causadas pela Covid-19. Os óbitos confirmados em consequência da Covid-19 registrados na terça-feira, 05, ocorreram em municípios de pequenos e médios portes. Cidades maiores, como Natal e Mossoró, não tiveram óbitos por Covid -19 pelo segundo dia consecutivo, o que constata a difusão da doença pelo interior.
Os óbitos desta terça-feira ocorreram em Tabuleiro Grande (que não havia ainda registrado nenhum caso suspeito), Ipanguassu, Serra Negra e Areia Branca. Entre os 25 óbitos em investigação, dois aconteceram em Mossoró e quatro em Natal. A estatística mostra que hoje estão internados 52 pacientes em leitos críticos nos Hospitais do Estado. A taxa de ocupação destes leitos é maior que 40%.
Fonte: Agora RN
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