O brasileiro, desde as últimas eleições, tem trocado a sua condição de “cidadão” para o de mero “torcedor”. Com opiniões “apaixonadas” sobre os seus “ídolos” (antes eram chamados de “candidatos”…), acabam por fecharem os olhos para os erros cometidos por eles e os colocam na condição de “perfeitos”, aonde para cada deslize há uma razão, um motivo, uma desculpa que deve ser aceita.
E a história é a mesma seja de que lado for: esquerda ou direita. E assim, indo de “08 a 80”, aquele mesmo brasileiro que antes nem se lembrava em quem tinha votado nas últimas eleições, agora se tornou um “expert” em política, capaz de enumerar o nome dos ministros e secretários de uma gestão, tal como quem lembra da escalação de um time de futebol… coisa de fã mesmo… mas não de cidadão. Sim, pois este tem em mente muito mais do que a defesa de “ídolos políticos” ou “salvadores da pátria” que não passam de homens. E possui, principalmente, os olhos bem abertos para todo e qualquer deslize que prejudique o país e a sua população, sem desculpas.
Os “torcedores” da direita e da esquerda já ultrapassaram todos os limites aceitáveis para um verdadeiro cidadão de bem! Sim, pois ninguém que tenha a consciência limpa vai aceitar mortes, espancamentos e agressões verbais como meio de se fazer política. Os dois lados evocam bandeiras como “Deus”, “justiça”, “anticorrupção” e “família”, mas quando os ânimos se exaltam… tais bandeiras são rasgadas sem maiores constrangimentos.
DEUS por acaso defendeu coisas como “bandido bom é bandido morto”?! Ou a JUSTIÇA defende em suas leis que as pessoas se agridam?! A ANTICORRUPÇÃO aceita desvio de verbas e o tráfico de informações privilegiadas, além do apadrinhamento de filhos como se fossem acima da Lei?! E que conceito de FAMÍLIA é esse, que aceita parentes se ofendendo via redes sociais (e até pessoalmente…) simplesmente por divergirem de opinião?! O nome de tudo isso é HIPOCRISIA e não CIDADANIA.
Voltemos ao ponto de origem, aonde o Brasil era o nosso partido, a família era a nossa defesa e (apenas) Deus era nosso guia. Joguem fora os ídolos: eles não nos salvarão!
Imagem: Cristiano Mariz