Correntes falsas que prometem o cadastro do auxílio emergencial 2020 têm circulado pelo WhatsApp na última semana. Os golpes utilizam como isca a medida tomada para amparar parte da população brasileira durante a pandemia do novo coronavírus. As mensagens contêm links fraudulentos para que o usuário faça um suposto cadastro no programa. Outro texto promete verificar se a pessoa tem direito ao auxílio emergencial e, em seguida, oferece o desbloqueio e a liberação dos valores online.
Utilizar acontecimentos de grande repercussão para aplicar golpes é uma prática comum entre cibercriminosos. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados com correntes e informações divulgadas, principalmente em períodos de crise. Na lista a seguir, você tira suas dúvidas sobre como vai funcionar o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19 e descobre mais sobre como identificar correntes falsas e fake news no WhatsApp.
O que é o auxílio emergencial 2020?
O programa auxílio emergencial 2020, também conhecido como “renda mínima” ou “coronavoucher”, é um Projeto de Lei (PL) aprovado nesta segunda-feira (30) pelo Senado Federal. A medida libera um pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais durante um período de três meses, em razão da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. O texto segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O auxílio emergencial é voltado para trabalhadores informais maiores de 18 anos que preencham alguns requisitos. Segundo o Projeto de Lei, os beneficiários devem possuir renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou de até três salários mínimos por toda a família. Além disso, quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018 ou ganha aposentadoria ou benefício assistencial, com exceção do Bolsa Família, não poderá receber o auxílio emergencial.
Como conseguir o auxílio emergencial?
Correntes compartilhadas via WhatsApp que prometem consultar o auxílio emergencial são falsas. Os links maliciosos presentes nos textos direcionam o usuário para uma página na qual as pessoas devem preencher um questionário com seus dados. Independentemente do que é respondido, a vítima recebe uma resposta positiva, sendo aprovado o falso direito ao auxílio emergencial.
GOVERNO acaba de liberar o cadastramento do AUXÍLIO EMERGENCIAL no valor de R$600,00 à R$1.200,00. O Agendamento dever ser feito no APP oficial — diz a mensagem enganosa.
A Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania se posicionou por meio do seu portal oficial afirmando que o site de cadastro para recebimento do auxílio emergencial é falso. O órgão do Governo ainda afirmou que “a operacionalização dos pagamentos ainda está sendo definida”.
Como identificar correntes fraudulentas no WhatsApp?
Durante o período da pandemia da Covid-19, diversos golpes já circularam pelo WhatsApp. As correntes prometiam assinaturas da Netflix de graça, além da distribuição de álcool em gel e máscaras, por exemplo. É preciso desconfiar de mensagens que ofereçam algo para o usuário em troca de dados ou acesso a determinados links.
Além disso, a etiqueta “Encaminhado”, presente em mensagens repassadas, mostra que o usuário que fez o envio não é o autor do texto. Mesmo quando o remetente for uma pessoa de confiança, é válido fazer uma busca sobre o conteúdo antes de acessar o link ou encaminhar a corrente.
Como denunciar fake news no WhatsApp?
O combate a esses golpes pode ser feito por todos os usuários. É possível denunciar fake news no WhatsApp, por exemplo, em apenas alguns passos. Para isso, abra uma conversa e toque nos três pontinhos verticais localizado no canto superior direito da tela. Em seguida, pressione “Mais” e, depois, a opção “Denunciar”. Ao fazer isso, uma pequena janela surgirá na tela para confirmar a ação. Para finalizar, toque em “Denunciar”.
Denúncias relacionadas ao novo coronavírus também pode ser feitas pelo WhatsApp oficial do Ministério da Saúde. Para realizar o procedimento, basta adicionar o número (61) 99289-4640 e encaminhar a informação duvidosa. O canal serve exclusivamente para verificar se as notícias compartilhadas sobre o assunto são falsas ou verdadeiras.
Fonte: TechTudo/Ministério da Cidadania e Ministério da Saúde
Imagem: Rubens Achilles/TechTudo