Em entrevista coletiva realizada ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou, nesta sexta-feira, 27, medidas de proteção ao emprego e a manutenção de negócios em meio à pandemia do novo coronavírus.
O principal refugo envolve a criação de uma linha de crédito para pequenas e médias empresas honrarem os salários de funcionários e evitarem a falência. O programa vai disponibilizar 40 bilhões de reais divididos em dois meses, 20 bilhões de reais por mês para garantir o pagamento dos empregados durante abril e maio.
Segundo o presidente da instituição, as empresas beneficiadas pelo auxílio estão proibidas de demitir durante o período. Ele não informou quando a linha de crédito será aberta.
A medida é válida para empresas com rendimentos entre 300 mil e 10 milhões de reais. “O dinheiro vai direto para as folhas de pagamento”, dissertou Campos Neto. “As empresas só ficam com a dívida”, encerrou. O limite para os beneficiados pela medida, que verão o dinheiro cair direto em suas contas, será de dois salários mínimos, ou de 2.090 reais.
As empresas deverão ressarcir a União em até 36 meses, depois de um período de carência de seis meses, com a correção por uma taxa de juros de 3,75%. O programa será bancado com recursos do Tesouro, de 17 bilhões de reais por mês, e dos bancos públicos BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que completarão a quantia.
Crédito da Foto: Raphael Ribeiro/BCB/Flickr
Fonte: VEJA