Em tempos de coronavírus, o que mais se tem nas redes sociais ainda é a polarização. Antes de vermos as pessoas preocupadas verdadeiramente com os acontecimentos atrelados ao corona, temos gente preocupada com a próxima mitada, com a próxima lacrada.
Ontem foi dia de guerra de panelas… É muito pra mim.
Nunca o Brasil passou por algo parecido, com a necessidade verdadeira de que forças antagônicas se juntem e deixem de lado as diferenças ideológicas e políticas. O momento é de união.
Precisamos de líderes comprometidos em mostrar os caminhos corretos, as melhores ações e as atitudes mais coerentes. Líderes que liderem pelo exemplo.
Hoje soubemos que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, testou positivo para o vírus. Onde estava ele na noite de sexta feira? Estava em uma festa com 1300 convidados para a inauguração de uma nova TV de notícias. Junto a ele estavam Rodrigo Maia, Toffoli, Dória, Witzel e outras personalidades do mundo político. Estes são os mesmos que chamam Boslonaro de irresponsável?
Hipocrisia!
Mas vamos deixar Bolsonaro de fora? Não, não vamos.
Depois de chamar e “deschamar”, sem muita ênfase, seus seguidores para uma manifestação de rua em sua homenagem, sua vaidade foi maior do que sua responsabilidade e resolveu sair para frente do Palácio e agradecer os manifestantes. Se abraçou, apertou mãos e tirou selfies. Tudo como manda o figurino populista, descumprindo as recomendações médicas e tudo aquilo que seus ministros pediram. Naquele momento, dez pessoas que o acompanharam em sua viagem aos EUA tinham contraído o vírus. Hoje já são dezesseis.
Uma irresponsabilidade. Uma molecagem.
Um líder deve se impor através de seus exemplos e o que vi naquele momento foi um bufão contrariando tudo que está posto e exposto pelo Mundo. Enquanto temos dezenas de países fechando fronteiras, com sistemas de saúde colapsando, o nosso presidente estava mitando.
Ele, até agora, parece não levar a sério aquilo que o mundo já provou sê-lo. Saímos de uma festa em praça pública no domingo, para nesta quarta, termos o Congresso vontando estado de calamidade pública, enviado pelo governo.
A oposição mais tosca e inoperante que já tivemos, não perde a chance de passar vergonha, também. Ao invés de propor algo decente, prefere atacar o governo com acusações estúpidas e canalhas, imputando culpas inexistentes com narrativas mentirosas, como sempre fizeram.
No final das contas, fica claro o vácuo que temos, há alguns anos, de líderes sérios e competentes que possamos realmente confiar em momentos cruciais como este. Precisamos de exemplos, precisamos de seriedade e não de mitagens e lacraçõe que trazem mais confusões do que soluções.
Enquanto tivermos esta polarização imbecil, estaremos sempre escolhendo entre figuras sem envergadura para cargos tão importantes.
Fico por aqui, sempre em busca da liberdade.
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Eduardo Passaia
Consultor de empresa na área de tecnologia, turismólogo e liberal.
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