O abraço do DR. Dráuzio

Publicidade

Na semana do Dia Internacional das Mulheres, o Fantástico veiculou uma matéria com o Dr Dráuzio Varella, onde ele entrevistava uma presidiária Trans, a Suzy, que foi condenada a muitos anos de reclusão.

Durante a entrevista, Suzy falou sobre sua vida de presidiária trans, os preconceitos, violência e o que tocou a todos e ao DR Dráuzio foi o fato de que Suzy estava há oito anos sem receber qualquer visita, com a matéria dando a impressão de que isto se devia por ela ser Trans.

Após ela dizer isto, Dr Dráuzio se levantou e a abraçou, causando uma forte comoção que se espalhou rapidamente por todo Brasil através das redes sociais.

Mas sabe como é. Essa tal de rede social estraga fácil as falsas narrativas ou as meias verdades.

No caso desta comovente história, poucas pessoas fizeram aquela perguntinha básica. Por que? Sim, por que uma pessoa que demonstrou ser tão emotiva e tranquila, vivendo em harmonia com si mesma não recebe visitas há 8 anos?

Eis que a resposta nos aparece e choca a todos, pelo menos aqueles que tem o senso de justiça apurado.

Pois não é que aquele doce de pessoa, que recebeu o afetuoso abraço do Dr Dráuzio, estuprou e assassinou uma criança de 9 anos de idade? Antes disso, ela teria abusado e tentado estuprar outras duas crianças, uma de 3 e outra de 5 anos, como aparece testemunhado em seu julgamento.

ois então, fica a pergunta: qual é a intenção de um quadro do Fantástico, programa de uma das maiores TVs do Mundo, ocultar este detalhe nesta história?

Oras, uma empresa de jornalismo como a TV Globo não sabia ou não foi atrás de entender por que aquela pessoa estava presa? Pior, diante de uma imagem tão intensa como a do abraço do doutor, não entender porque esta pessoa não recebia visitas? Que tipo de jornalismo é este que “esquece” de fazer o básico, que é perguntar ou investigar?

Mas e se a Globo soubesse dos crimes?

E se fosse dito na reportagem que a coitada da Suzy estuprou e assassinou uma criança de 9 anos de idade?
Em primeiro lugar, entenderíamos porque ninguém a visita. Em segundo, toda a comoção não teria acontecido.
O que descobrimos é que em nome do ibope vale tudo.

Vale jogar o jornalismo no lixo e vale tentar transformar um monstro num ser humano. Vale esquecer a família da criança assassinada e pedir envio de cartas para este monstro.

Doutor Dráuzio, em nota, diz que por ser médico não pergunta sobre os crimes das pessoas que trata. Ok, até a segunda página, visto que na mesma reportagem, com outra presidiária, seus crimes foram divulgados e, aconselho o Dr Dráuzio a decidir se ele, naquele momento, é médico ou jornalista.

Desculpe, mas pra mim não cola.

Quem quiser conhecer mais conteúdos meus, me sigam no @epassaia, lá no Instagram e no meu canal do Youtube, o Eduardo Passaia.

Fico por aqui, sempre em busca da liberdade.

Todos os meus comentários daqui e muito mais estão no meu Podcast, o Livres Ideias, no Spotify e no Sound Cloud:

Eduardo Passaia

Consultor de empresa na área de tecnologia, turismólogo e liberal.

Acesse:

Sair da versão mobile