A paleontologia é o campo da ciência que estuda a vida no passado do planeta Terra. No dia 7 de março, é celebrado o Dia do Paleontólogo. A fim de comemorar a data, o Museu Câmara Cascudo (MCC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) organizou uma programação com a realização de minicursos, palestras e mesas-redondas.
O evento acontece no Museu de Ciências Morfológicas da UFRN, na sexta-feira, 6 de março, e no MCC, no sábado, 7 de março. São disponibilizadas 70 vagas e as inscrições devem ser feitas no local, com direito a certificado. Para os minicursos, serão disponibilizadas 20 vagas para pessoas com idade a partir de 12 anos.
A paleontologia é uma das áreas mais importantes do acervo do Museu Câmara Cascudo desde a sua fundação. De acordo com o professor Claude Santos, o mentor das pesquisas das primeiras peças do acervo paleontológico do Rio Grande do Norte, foi o professor José Nunes Cabral de Carvalho, em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que identificou os primeiros fósseis encontrados no interior do estado.
O acervo do Museu Câmara Cascudo conta, hoje, com fósseis de mamíferos da megafauna, como a preguiça gigante, extinta há cerca de 10 mil anos; de invertebrados marinhos da Formação Jandaíra, parte da Bacia Potiguar, datados de cerca de 96 milhões de anos atrás; além de icnofósseis, que são vestígios deixados por animais que estiveram no ambiente estudado.
Segundo o professor, o principal objetivo do evento realizado no Dia do Paleontólogo é a divulgação científica, além de discutir a importância da paleontologia. “Nós estamos passando por uma fase na qual muitos organismos estão sendo extintos devido aos impactos ambientais causados pelos seres humanos, então, a paleontologia entra como um referencial importante na compreensão dos processos de mudança”, afirmou.
Em uma área anteriormente dominada quase que exclusivamente por homens, a presença da professora Maria de Fátima dos Santos é referência. A professora foi uma das responsáveis pela descoberta de placas de pedra com pegadas de dinossauros, que eram utilizadas como cerca no interior do estado da Paraíba.
A história da professora Fátima é uma inspiração para a professora Aline Ghillardi, do Departamento de Geologia da UFRN. Uma das criadoras do canal Colecionadores de Ossos na maior plataforma de vídeos do mundo, o YouTube, com mais de 30 mil seguidores. As produções audiovisuais abordam temas como dinossauros, mamíferos gigantes que habitaram o planeta há milhões de anos, e viagens, entre outros temas ligados à área da paleontologia.
Para Aline, quando criança a realidade de ser uma cientista parecia distante. Acostumada a ver homens na ciência, queria mudar aquela realidade. Hoje, ela incentiva a presença feminina na área e é um ponto de referência para os novos olhos que estão em sua sala de aula. “É importante que nós, como mulheres, atuemos juntas em busca do nosso espaço. Nenhuma profissão ou campo de pesquisa é exclusivo para um gênero. Hoje eu sou cientista, como eu sonhava quando era criança”, finalizou a professora.
Imagem: UFRN
Fonte: Agecom/UFRN