Parasitas

Se alguém tinha alguma dúvida sobre qual é o jogo da imprensa main stream no Brasil, esta dúvida se acabou de vez nesta sexta, 07/02/20, quando as manchetes diziam que o ministro Paulo Guedes tinha chamado todos os funcionários públicos de parasitas.

Mentira deslavada!

Li praticamente todas as reportagens e em quase todas havia um estranho, mas coincidente esquecimento de mostrar o texto todo. Principalmente seu contexto.

Pros mais atentos e curiosos que foram atrás do discurso do ministro, ficou claro que ele falava da necessidade da reforma administrativa, onde ele expunha fatos que demonstravam a diferença entre o funcionalismo público federal e os trabalhadores da iniciativa privada, que no final das contas são os que sustentam toda a máquina estatal.

Guedes fez uma comparação das mais válidas, que demonstra que com os privilégios que se tem e com aumentos que chegam a serem 50% superiores aos da iniciativa privada, o próprio sistema do funcionalismo, que seria o parasita, estaria matando o hospedeiro, que seria o tesouro nacional, o governo, o Estado e óbvio, nós da iniciativa privada que como eu disse, bancamos toda a farra com o suado dinheiro de nossos impostos.
Guedes, como um ótimo liberal, aposta num Estado enxuto, sem privilégios e com controle fiscal rígido, algo que é impossível diante do descalabro promovido pelos últimos governos, onde o quadro do funcionalismo cresceu enormemente, elevando assim o gasto com a folha, crescendo junto muitos privilégios que a classe trabalhadora privada nunca verá em suas vidas.

“A imprensa é muito séria, se pagar eles publicam até a verdade””.

A aposta do governo nesta reforma, visa termos meritocracia no funcionalismo, termos metas e conseguirmos obter o melhor daquilo que nossos impostos pagam.

Hoje não sobra mais grana para investimentos. Estamos falando de menos de 3% do orçamento.
Ficando assim, alguém duvida que o parasita mate o hospedeiro, que o carrapato mate o boi?
Este jogo da imprensa, de fazer de conta que não entendeu ou, mal e porcamente subverte o sentido das palavras, é perigoso e a meu ver sem volta, pois todos os dias as redes sociais desmoralizam os meios de comunicação. Cada vez mais, a imprensa tradicional tem menos influência na formação de opinião e representa menos ainda em relação a credibilidade. E que não me venham dizer que isto é perigoso, pois quem procurou este caminho foi a própria imprensa tradicional.

Mas fica uma pergunta pros funcionários públicos: afinal, quem realmente se sente ofendido de ser chamado indiretamente daquilo que não o é?

Para os bons funcionários públicos é ótimo que os parasitas se mostrem e que sejam banidos até ficarem apenas aqueles que respeitam o povo, que paga seus salários, ou não?

Eduardo Passaia

Consultor de empresa na área de tecnologia, turismólogo e liberal.

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