Kenshi = Japão Feudal + Pós Apocalipse

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Uma das minhas maiores paixões são RPGs e outros jogos temáticos que te fazem mergulhar no universo inserido, as paisagens, os diálogos, as interações, tudo te faz refletir e se sentir mais conectado com o ambiente. Foi quando por acaso encontrei uma pérola que merecia ser comprada, enquanto eu buscava por jogos ideais no Steam, eu encontrei um jogo chamado Kenshi.

Kenshi é um jogo digno de atenção e principalmente respeito, foi desenvolvido por 12 anos pelo desenvolvedor Chris Hunt e foi publicado pela Lo-Fi Games em dezembro 2018. É um RPG Sandbox, no qual você não possui nenhuma linearidade, ou seja, você pode ser e fazer o que quiser, e progredir no jogo da maneira em que se sentir livre, seja agindo de maneira justa ou injusta com os habitantes desse mundo.

A temática no início me preocupou um pouco, visto que nunca vi algo semelhante, é como uma mistura de Mad Max com o Japão feudal, e isso de alguma forma fez essa fusão ficar perfeita. Encontramos diversos ninjas, samurais, katanas, mas também encontramos diversas tecnologias futuristas, robôs e algumas armas simples. O deserto se mistura com outras paisagens mais verdes, mas o que é mais notável é o isolamento e o medo de entrar em contato com outros personagens.

O universo de Kenshi é extremamente perigoso, pois criaturas, pessoas e até aliados, podem travar batalhas grandiosas com seus personagens, e elas podem terminar em morte ou desmembramento, o que poderá prejudicar aos poucos a jogabilidade. Para isso, é recomendado para que os jogadores tomem extrema cautela com cada inimigo, escolha bem seus combates e treine ao máximo para se tornar um bom guerreiro(a). Mas, o maior objetivo do jogo é o realismo, portanto 1 lutador experiente jamais será capaz de derrotar um exército inteiro, independente da falta de treinamento de seus inimigos.

O jogo é um pouco difícil inicialmente e fará com que você perca diversos personagens, que irão morrer de fome, mortos por animais, bandidos e até mesmo eventos aleatórios. Entretanto nenhuma dessas mortes são frustrantes, pelo contrário, elas apenas o incentivam a ficar mais atento com o ambiente e torna cada partida uma maneira única de se aprimorar.

Os combates são tensos, e a estratégia, local, equipamento e quantidade de aliados serão cruciais para garantir sua sobrevivência, haverá diversos criminosos no deserto em busca de confusão, ou as vezes, comida. Há também diversas facções, que poderão auxiliar ou prejudicar o andamento do jogador, baseado na sua raça e gênero, também como na sua reputação em determinado local.

Uma das coisas que mais me impressiona em Kenshi é a liberdade, tanto do jogador tanto para os desenvolvedores. Há uma infinidade de modificações disponíveis para tornar seu jogo ainda mais único e personalizado, além de contar com diferentes maneiras de iniciar o seu jogo e contar histórias exclusivas e incríveis. Seja um escravo fugitivo e conquiste sua liberdade, seja um criminoso e espalhe o caos pelos ermos, seja um rico negociante e cresça com o comércio, seja um rei e domine seus próprios territórios e espalhe sua ideologia pelo deserto. Seja quem for, mas seja você mesmo.

Honestamente, não é um jogo para qualquer pessoa, visto que a dificuldade é um dos fatores mais restritivos para determinados públicos, além de sua violência gráfica. Para aqueles que buscam uma aventura singular e épica em um RPG, esse é o jogo ideal para você.

Em Kenshi, não haverá nada de “mão beijada”, tudo que for conquistado, será com esforço do próprio jogador. E para aqueles que se interessaram na proposta de Kenshi e buscam algum outro jogo semelhante, recomendo Rimworld, um jogo com uma premissa um pouco diferente, mas também com a mesma “vibe” aonde a liberdade e criatividade do jogador, se tornam o dia-a-dia para sobreviver nos ermos.

Fonte: O Barquinho Cultural

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