O Ministério da Saúde mandou sua equipe de comunicação à Natal para conhecer de perto o trabalho do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN). O resultado é um vídeo de dez minutos que explora o potencial dessa unidade e apresenta algumas de suas pesquisas em desenvolvimento voltadas para a melhoria de vida das pessoas acometidas por diversas doenças, síndromes e infecções. A produção foi publicada no perfil oficial do Ministério no Facebook.
Na produção, o coordenador do Lais, Ricardo Valentim, destaca que o Brasil pode ser um dos grandes players internacionais e de produção de inovação tecnológica na saúde. Segundo ele, o Lais é um projeto transdisciplinar que atua com professores das áreas da saúde, tecnologias, ciências sociais e humanas e pesquisadores de todo o território nacional. “A pegada é muito para desenvolver e melhorar a qualidade do sistema de saúde do país, observando que as tecnologias desenvolvidas aqui e utilizadas pelo SUS podem contribuir também em outros lugares do mundo”, reforça.
O vídeo destaca diversas ações em andamento, entre elas o projeto Osseus, que desenvolve um equipamento para densitometria óssea portátil que não usa radiação e oferece diagnóstico em 15 minutos. A proposta, que muda a lógica do diagnóstico da osteoporose, é portátil e foi pensada para atender demandas das equipes da Estratégia Saúde da Família nos municípios.
Projeto Autonomus é outro trabalho que mereceu destaque. Seu objetivo é atuar com tecnologia para oferecer autonomia a pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que provoca a degeneração do neurônio motor e provoca a perda progressiva dos movimentos. Através da tecnologia assistiva, os pesquisadores adaptaram um equipamento que permite ao paciente se comunicar através de um computador apenas com o movimento dos olhos.
Outro projeto mostrado foi a Caneta à Plasma, proposta em desenvolvimento que visa substituir o temível motorzinho do dentista. Além de causar medo e angústia nos pacientes, o ruído desse equipamento tradicional afeta a audição do dentista devido ao seu uso contínuo. A Caneta à Plasma acaba com o barulho, mas também com o atrito da broca no dente e, com isso, a necessidade de aplicação de anestesia, que é outro sofrimento. “O plasma remove a cárie quebrando as ligações do tecido cariado e evita fazer extensão preventiva tirando mais material do que o necessário no dente”, disse o pesquisador Custódio Guerra.
Stênio Gomes da Silveira, superintendente do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN), onde está sediado o Lais, disse que vários projetos e equipamentos desenvolvidos no Laboratório foram agregados pelo hospital. “Essas inovações vão surgindo para serem aplicadas e resolver a melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, confirma.
Para Ricardo Valentim, é estratégico para o país estar discutindo, internacionalmente, soluções tecnológicas de alto valor agregado que possam servir para que a nossa indústria esteja fortalecida e protegida através de patentes, que além de protegerem o patrimônio nacional, permitem que esses produtos sejam, depois, comercializados fora do Brasil.
Imagens: Ministério da Saúde
Fonte: Agecom UFRN