Ministério da Educação anuncia escola cívico-militar em Natal

Ministério da Educação apresentou detalhes sobre o programa piloto das escolas cívico-militares. - Foto: Carolina Cruz/G1

Natal terá uma das 54 escolas cívico-miliares que o governo federal pretende implantar em 2020 no país. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Educação. Ao todo, cidades de 23 estados e do Distrito Federal terão unidades dentro do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Apesar de outros municípios potiguares terem demonstrado interesse no programa, apenas a capital foi contemplada.

Como já tinha sido anunciado anteriormente, o governo federal afirmou vai destinar R$ 54 milhões para o programa, sendo que mais da metade deste valor (R$ 28 milhões) serão repassados ao Ministério da Defesa para pagar os militares da reserva que vão compor a equipe de gestão disciplinar. Uma portaria sobre o programa foi publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o documento, o MEC poderá dar, conforme o modelo de pactuação:

  • apoio técnico para a implantação das escolas
  • apoio de militares da reserva das Forças Armadas, onde houver disponibilidade
  • apoio financeiro
  • apoio à capacitação de profissionais

O modelo de pactuação será de dois tipos:

  • Disponibilização de Pessoal: quando o MEC disponibiliza o pessoal das Forças Armadas e, em contrapartida, os estados, o Distrito Federal ou os municípios farão o aporte financeiro necessário à implementação do modelo
  • Repasse de Recursos: o MEC fará o aporte financeiro para as adaptações das escolas e, em contrapartida, os estados disponibilizarão militares das Corporações Estaduais para atuarem nas escolas selecionadas, arcando com os correspondentes custo

Escolas interessadas

O programa será implementado nas escolas que manifestaram interesse. Em primeiro de outubro, o MEC divulgou que 16 entes federativos aderiram ao projeto. O prazo foi reaberto para o cadastro de municípios, ampliando o total de 23 estados, e o Distrito Federal.

Nem todos os municípios que manifestaram interesse receberão o modelo. No Rio Grande do Norte, cidades como Mossoró e Parnamirim também solicitaram entrada no programa. Porém, o MEC realizou uma seleção com base em três critérios principais:

  • Ser capital do estado ou pertencer à região metropolitana
  • Estar situado na faixa de fronteira
  • Faixa populacional, considerando a realidade estadual

Além dessas, foi considerada a inexistência de militares da reserva das Forças Armadas residentes no município na proporção de três candidatos, oficiais, para cada tarefa a ser exercida, como forma de exclusão.

De acordo com o Ministério da Educação, os militares da reserva passarão por treinamento, feito pela própria pasta. Eles ainda irão receber 30% do salário que recebiam antes de se aposentar, pelo trabalho.

Veja as cidades beneficiadas

  • Acre: Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard
  • Amapá: duas escolas em Macapá
  • Amazonas: duas escolas em Manaus e outra indicação do estado
  • Pará: Ananindeua, Santarém e duas escolas em Belém
  • Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
  • Roraima: Caracaraí e Boa Vista
  • Tocantins: Gurupi, Palmas e Paraíso
  • Alagoas: Maceió
  • Bahia: Feira de Santana
  • Ceará: Sobral e Maracanaú
  • Maranhão: São Luís
  • Paraíba: João Pessoa
  • Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
  • Rio Grande do Norte: Natal
  • Distrito Federal: Santa Maria e Gama (regiões administrativas de Brasília)
  • Goiás: Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso
  • Mato Grosso: duas escolas em Cuiabá
  • Mato Grosso do Sul: Corumbá e duas escolas em Campo Grande
  • Minas Gerais: Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena
  • Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
  • São Paulo: Campinas
  • Paraná: Curitiba, Colombo, Foz do Iguaçu e outra indicação do estado
  • Rio Grande do Sul: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
  • Santa Catarina: Biguaçu, Palhoça, Chapecó e Itajaí

Segundo o MEC, apenas Piauí, Sergipe e Espírito Santo não têm cidades contempladas no programa.

Crédito da Foto: Carolina Cruz/G1

Fonte: G1 RN
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