Caixa corta pela metade taxa de juros do Cheque Especial e anuncia nova linha de crédito imobiliário

Caixa Econômica corta pela metade taxa de juro do cheque especial - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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A Caixa Econômica Federal cortou pela metade a taxa de juro do cheque especial em um momento em que Banco Central (BC) e governo vêm pressionando os grandes bancos brasileiros a repassar a queda da Selic para consumidores.

A taxa foi reduzida de 9,99% para 4,99%. Os 9,99% já eram mais baixos que os cobrados pelos bancos privados e fizeram parte de uma primeira rodada do banco público de corte de juros cobrados de seus clientes.

A taxa média do cheque especial é de 12,4% ao mês, a mais baixa do sistema financeiro. Já a Selic está em 5% ao ano, o menor patamar a história.

“A Caixa devolve à sociedade, e em especial aos mais humildes, os resultados recordes que teve, (com) redução para abaixo de 5% (a taxa do cheque especial). É um banco preocupado com a igualdade, com a distribuição de renda. Isso é absolutamente matemático e meritocrático”, disse o presidente do banco, Pedro Guimarães.

O custo do cheque especial pouco se mexeu desde que a taxa básica de juros entrou em queda. Os bancos lançaram uma iniciativa de autorregulação em que ofereceriam um crédito alternativo para que o cliente pudesse trocar o cheque especial por um mais barato.

Ainda assim a inadimplência voltou a subir: estava em 15,6% em setembro, só menor que a do rotativo do cartão de crédito (36,1%). Para tentar reduzir a taxa de juros da linha, o Banco Central estuda permitir que os bancos cobrem tarifa para que o cliente tenha acesso ao cheque especial, o que hoje é proibido.

Os bancos alegam que essa medida ajudaria a reduzir o custo da linha porque, atualmente, os clientes têm crédito disponível e não necessariamente pagam juros por esse valor. Isso significa que o dinheiro separado do banco não é remunerado. A medida faria com que toda a parcela destinada a linha serviria para remunerar instituições financeiras.

A Caixa anunciou ainda nova linha de crédito imobiliário indexado ao IPCA, com taxas a partir de 2,95% ao ano mais o IPCA, representando uma parcela 40% menor em relação ao financiamento indexado à TR.

Crédito da Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Fonte: Jornal do Comércio

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