Crise nas Infinitas Terras é uma das maiores sagas nas HQs

Os fãs da DC estão contando os dias para a estréia do mega crossover entre os heróis que fazem parte das séries da CW. A já tradicional reunião dos seriados que compartilham o mesmo universo, promete um número maior de heróis, adaptando uma das mais clássicas sagas da história dos quadrinhos: A Crise nas Infinitas
Terras.

CRISIS-OIE-580-53f556fccb2b16-92504506Lançado em 1985, e tendo sido idealizada e planejada durante 5 anos, a Crise nas Infinitas Terras foi criada com um objetivo: colocar ordem na casa. Na época, a DC Comics vinha acumulando muitos personagens, tanto originais, quanto vindos de outras editoras, cujos direitos haviam sido repassados a DC. O problema é que as histórias estavam confusas, sem nexo, e pior, algumas chegavam a contradizer umas às outras. Para resolver esse problema foi criado o conceito de multiverso.

A primeira vez que diferentes universos foram usados pela DC, foi em 1961, quando na edição de número 123 da revista The Flash, Barry Allen e Jay Garrick se encontraram pela primeira vez. Ambos os heróis atendiam pela alcunha de Flash. Ali a DC decidiu que ambos eram canônicos, mas estavam separados em diferentes universos. Allen na Terra 1, junto com outros membros da linha regular da época, e Garrick da Terra 2, a “Era de Ouro” dos gibis.

A ideia parecia boa, o problema é que vários autores usaram isso como muleta. Queriam fazer uma história com versões malignas dos personagens? Chama de Terra 3. Ah, compramos os direitos dos heróis da Quality Comics? Terra X. E por assim vai. Com isso, as histórias viraram uma bagunça do tamanho do mundo, aliás, do tamanho de infinitos mundos. E para resolver, a editora teve uma resposta simples: destruir a maioria destes universos.

Para cumprir essa tarefa, a DC voltou-se para o artista George Pérez e para o escritor Marv Wolfman. Os dois já tinham crédito na editora pelo seu trabalho com os Novos Titãs, criando clássicos como Contrato de Judas, Quem é Donna Troy, o nascimento do Asa Noturna, etc. Os dois então começaram a planejar o maior eventos dos quadrinhos até então. O início da Crise é caótico, com vários heróis reunidos contra suas vontades.

Somos apresentados então ao Antimonitor, uma versão maligna do Monitor, ser cósmico que controla o multiverso. O objetivo do vilão é, sem nenhuma surpresa, destruir todos os universos. Por 12 edições, uma série de reviravoltas, revelações e mortes aconteceram, com dois heróis icônicos entre as baixas (não revelaremos pela conexão direta com as séries).

A Crise nas Infinitas Terras é considerada até hoje a maior saga da história da DC Comics (para alguns da história das HQs). É uma saga densa e divertida ao mesmo tempo, com um vilão realmente ameaçador e heróis dispostos a qualquer sacrifício para salvar a terra, mesmo o sacrifício final. Não é à toa que tem se criado tanta expectativa quanto ao crossover da CW.

Fonte: O Barquinho Cultural

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