A cada ano, aproximadamente 29 mil crianças nascem com cardiopatias congênitas no Brasil. Ocasionadas por defeitos anatômicos no coração, essas anomalias produzem insuficiências e outras consequências graves para os recém-nascidos. Uma maneira eficiente de detectá-las é por meio do Teste do Coraçãozinho, procedimento indolor que usa um aparelho para medir a quantidade de oxigênio no sangue dos neonatos.
Na última sexta-feira, 27, o projeto Interiorização do Teste do Coraçãozinho, coordenado pela cardiopediatra Gisele Leite, realizou a primeira capacitação voltada para profissionais de saúde lotados fora da região metropolitana. A atividade aconteceu no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), no município de Santa Cruz, e contou com a integração do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC). A ação capacitou 37 participantes e recebeu profissionais de saúde de outros municípios da região.
A cardiopediatra Gisele Leite destacou a organização do HUAB, cujo sistema de monitoramento da triagem neonatal inclui o Teste do Coraçãozinho com bons percentuais. “98% de neonatos são triados, desconsiderados os natimortos e os encaminhados à UTI neonatal. É um modelo digno de exemplo para outras unidades”, enfatizou.
O projeto desenvolvido em Santa Cruz deixou importantes contribuições para os profissionais do Ana Bezerra. “Os profissionais da instituição perceberam e pontuaram revisões e melhorias possíveis aos protocolos de realização do Teste do Coraçãozinho, assumindo compromisso de realizar as adequações necessárias”, explicou Gisele.
Além disso, a equipe do projeto recebeu inúmeras demandas de realização da atividade em outras localidades do interior. “Pretendemos atender a todas as solicitações”, garantiu a coordenadora da iniciativa.
Fonte: Portal da UFRN
Imagem: Stéphane Sizonenko/Universidade de Genebra