Um nova fronteira para as relações bilaterais entre Brasil e Alemanha. É com está ênfase que o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, apresentou o Rio Grande do Norte e a região Nordeste ao público de mais de mil pessoas, entre empresários e representantes de governos dos dois países, durante a abertura do 37° Encontro Econômico Brasil-Alemanha, na manhã desta segunda-feira (15). Ele fez uma defesa das oportunidades de negócios e potenciais econômicos do estado e da celebração de uma grande aliança entre os países.
Realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias Alemães (BDI), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), o EEBA 2019 acontece até amanhã (17), no Centro de Convenções de Natal. E debaterá uma agenda de interesse bilateral nas áreas de negócios, relações comercial e institucional e intercâmbio de tecnologias, com especialistas brasileiros e alemães.
Os campos maduros de petróleo e gás significam “novas e expressivas oportunidades” para o Rio Grande do Norte, como destacou o presidente Amaro Sales. Com o lançamento do Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE 2020), do Governo Federal, para venda dos campos maduros e para impulsionar a exploração de petróleo, a estimativa é de R$ 40 bilhões em investimento e 700 mil empregos gerados na costa brasileira, onde o Rio Grande do Norte conta com inúmeros campos de petróleo e gás.
Além de uma matriz econômica diversificada, o Estado possui o melhor IDH do Nordeste; apresenta um bônus demográfico com mais 54% da população na faixa ativa para trabalho; e mesmo com a crise, entre 2010 e 2016, o PIB potiguar cresceu 5,8%, enquanto a média nacional ficou em 2,3%.
“O Nordeste e o Rio Grande do Norte devem ser considerados como novas fronteiras para as relações bilaterais Brasil e Alemanha, considerando não apenas o extraordinário potencial turístico e a diversidade da matriz econômica que apresentamos, mas a proximidade entre nossas instituições e o firme propósito dos líderes – de todos as esferas – em consolidar este caminho de diálogo e bons negócios”, frisa Amaro Sales.
O estado lidera a geração de energia eólica no país, que ultrapassa os 4 Gigawatts, com mais de 150 parques em operação e 35 contratados para construção. E com potencial estimado de de 27GW em energia eólica, no Rio Grande do Norte.
Além disso, possui as maiores reservas do Nordeste de minério de ferro com potencial de extração para 8,4 milhões de toneladas; sendo ainda a maior reserva do Brasil de tungstênio, representando 55% da exploração nacional. Atualmente, mineradoras executam projetos em torno do Feldspato e do Caulim. A cerâmica vermelha é uma atividade consolidada, sustentável e reconhecida em todo o Nordeste pela qualidade.
As indústrias têxtil e de confecção conforme dados apresentados pelo presidente da FIERN, faturaram, em 2017, em torno de R$ 4,7 bi, empregando na cadeia de produção mais de 46 mil pessoas. “A matriz é diversificada. Muitas outras atividades podem ser mencionadas e potencializadas. O Rio Grande do Norte tem muito a oferecer ao Brasil e a Alemanha”, frisou o industrial.
A produção salineira potiguar responde por 95% do sal marinho brasileiro. E a fruticultura irrigada é respondável por colocar o estado na lideraça das exportações de melões e melancias do país. “Na pauta de exportações, o Rio Grande de Norte é o primeiro do Brasil no sal marinho; o 4º lugar nos pescados (em especial o atum) e 5º, nas frutas”, destacou.
Ele também ressaltou a importância do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia para a região. “Estamos acompanhando com muito interesse as tratativas do Mercosul e da União Europeia, aliança comercial estratégica para o Nordeste e que deve ser defendida por todos como uma causa de interesse nacional”, enfatizou Amaro Sales.
Crédito das Fotos: UNICOM/FIERN
Fonte: https://www.fiern.org.br