MEI é única fonte de renda para mais de 84 mil famílias no RN, aponta pesquisa

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Realidade na economia brasileira há 10 anos, o Microempreendedor Individual (MEI) responde pela única fonte de recursos de mais de 84,7 mil famílias potiguares. Isso significa que 255 mil pessoas no Rio Grande do Norte dependem da renda de um MEI. Em todo o Brasil, são 5,4 milhões de pessoas que estão na dependência do desempenho de um negócio enquadrado nessa categoria jurídica.A renda média familiar é de até três salários mínimos para 42% dos microempreendedores potiguares.

Isso é o que aponta a 6ª edição da pesquisa “Perfil do MEI”, que é realizada pelo Sebrae, em todos os estados brasileiros, e foi divulgada nesta segunda-feira (2). Foram ouvidos 10.339 empreendedores, 383 somente no Rio Grande do Norte, sondagem que alcança 95% de nível de confiança e 1% de margem de erro, delineando as principais características desses empreendedores.

Nacionalmente, o levantamento, feito entre 1º de abril e 28 de maio deste ano,  mostra que 61% dos MEI se formalizaram atraídos pelos benefícios do registro (ter uma empresa formal, possibilidade de emitir nota, poder fazer compras mais baratas) 25% por conta dos benefícios previdenciários e 14% por outros motivos diversos.

Os resultados do levantamento mostram que 33% dos MEI estavam na informalidade (como empreendedores ou empregados) antes de optarem pelo registro como MEI. Deste universo, 48% empreendiam sem CNPJ por 10 anos ou mais. O levantamento também aponta que a formalização contribuiu diretamente para o aumento das vendas dos negócios para 71% dos entrevistados. Outros 72% indicaram melhoria nas condições de compra junto aos fornecedores.

Os jovens, na faixa etária de 18 a 29 anos de idade, lideram o ranking dos que procuram autonomia financeira como MEI (41%). Contudo, o percentual de Microempreendedores cai à medida que o empreendedor envelhece. Entre 30 a 39 anos, (37%); dos 40 a 49 (32%) e os com mais de 50 anos registram 21%.

Sobre o quesito renda, é possível afirmar que o percentual daqueles que ingressaram na atividade por necessitarem de uma fonte de renda é acentuado nos MEI com mais de 50 anos (42%). Todavia, os índices caem expressivamente dentre aqueles que abriram um negócio porque queriam praticar seus conhecimentos profissionais, 9% entre os mais jovens e 8% na faixa entre 30 a 49 anos.

Saindo de casa

Mais de dois em cada cinco entrevistados (40%) têm a própria residência como local de trabalho, mas isso vem caindo nos últimos quatro anos (53% em 2015, 45% em 2017), o que demonstra um gradativo processo de profissionalização, principalmente em municípios com menor IDH, Índice de Desenvolvimento Humano. A pesquisa revela ainda que, diferentemente do esperado, nos municípios mais carentes, é mais comum o MEI atuar em um estabelecimento comercial (49%). Essa opção, no geral, soma 28%, enquanto os MEI atuante na casa ou empresa do cliente são 17%. Os ambulantes são 11% e os que atuam em feiras, shopping popular e outros locais representam 4%.

De acordo com a pesquisa do Sebrae, o perfil do MEI é predominantemente caracterizado por pessoas com o ensino médio (48%). Os dois extremos do aspecto da escolaridade também são expressivos em termos percentuais (22% têm até o nível fundamental e 31% concluíram o nível médio e chegaram – pelo menos – a ingressar em uma universidade). Esses dados confirmam uma grande heterogeneidade desses profissionais.

Números da pesquisa Perfil do MEI

A renda per capita do MEI é de R$ 1.375,00 mensais. Em 2018, o rendimento domiciliar per capita (por pessoa) do Brasil ficou em R$ 1.373,00 segundo o IBGE.

 

Fonte: Portal Grande Ponto

Imagem: SEBRAE

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