A Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) disse em coletiva nesta quarta-feira (14) que o Rio Grande do Norte está em “estado de alerta” após os casos de sarampo. Segundo a equipe técnica da pasta, apenas um caso confirmado já significa o estado de alerta em qualquer local do Brasil, baseado nas composições do Ministério da Saúde.
“Qualquer caso identificado em qualquer estado, ou seja, um caso apenas, já é considerado surto. Então, o RN está em surto de sarampo até que a gente de fato consiga identificar e não ter a circulação do vírus pelos próximos 90 dias. Um caso confirmado demanda um estado de alerta no RN e permanece em estado de alerta até que a gente consiga conter qualquer cadeia de transmissão”, explicou Alessandra Lucchesi, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap.
Nesta quarta-feira um exame confirmou que uma menina de 1 anos e seis meses apresentou o vírus do sarampo. Ela é tido como “provável” infectada pela doença – basta apenas um exame da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para confirmar o caso de maneira protocolar.
A criança representa o segundo caso da doença em território potiguar neste ano. Em julho, um homem de 54 anos foi diagnosticado com sarampo na capital potiguar – foi o primeiro caso no estado em 19 anos. Ele teria trazido a doença de São Paulo. O caso dele está confirmado.
A Sesap confirmou ainda que três pessoas estão sendo analisadas com suspeitas de terem tido sarampo. Entre elas está o pai da criança de Tibau do Sul, uma outra criança de 6 anos em Macaíba e uma mulher de 19 em Extremoz. Todas, no entanto, já não apresentam mais a doença, mas a investigação tenta definir se elas tiveram ou não o vírus, por conta dos sintomas que apresentaram.
Em relação ao caso da criança de Tibau do Sul, cinquenta pessoas que tiveram contato com ela receberam o bloqueio vacinal para evitar que o vírus se espalhe. O bloqueio vacinal é a forma sugerida pelo Manual da Vigilância do Ministério da Saúde para evitar a proliferação da doença.
Os casos reaparecem no Rio Grande do Norte após 19 anos, assim como tem acontecido no país. Em março, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
“Infelizmente ao longo do tempo a gente teve uma redução considerável dessas coberturas vacinais. Com essa redução, ficam pessoas suscetíveis. A vacina tríplice viral faz parte do calendário vacinal da criança e do adulto, sempre esteve disponível nas unidades de saúde e, infelizmente, com uma baixa procura”, lamentou Alessandra Lucchesi, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap.
Fonte: G1 RN
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