A Secretaria de Administração Penitenciária no RN criou um Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O objetivo é “analisar e acompanhar questões com potencial de risco, prevenir a ocorrência de crises e articular seu gerenciamento”.
A criação foi feita por meio de portaria publicada no Diário Oficial Estado, na edição de sábado (3). Também é função do gabinete “planejar, coordenar, controlar e sistematizar” a segurança do secretário, dos servidores e do prédios da Seap.
Também caberá ao GSI “coordenar e controlar as atividades de segurança e inteligência” da Seap; e “supervisionar e avaliar as medidas urgentes de proteção adotadas em favor do secretariado” e de “seus familiares”, com auxílio do Departamento de Inteligência Penitenciária (Dipen).
Outra medida prevista como função do GSI da Seap é a de “realizar, se necessário, custódia e escolta de presos e intervenção prisional”; e também “realizar busca pessoal necessária à atividade de prevenção e segurança no interior dos prédios administrados pela Seap”.
De acordo com a portaria, assinada pelo secretário Pedro Florêncio Filho, a criação do gabinete de gestão de crise levou em consideração a necessidade de “tomada de medidas preventivas, a fim de reforçar a segurança do Sistema Penitenciário”.
O novo gabinete de segurança será composto por agentes penitenciários e outros servidores do Sistema Único de Segurança Pública. “Os quais deverão manter o sigilo e a segurança das informações”, define a portaria.
Crise em 2017 deixou pelo menos 26 mortos dentro de presídio
O Rio Grande do Norte viveu há dois anos e meio sua maior crise penitenciária. Em janeiro de 2017, pelo menos 26 pessoas foram assassinadas dentro com complexo penitenciário de Alcaçuz, que fica em Nísia Floresta, na Grande Natal.
A exemplo do que aconteceu recentemente em Altamira, no Pará, as mortes no RN foram causadas por uma briga envolvendo facções criminosas. Mas pesou para que o conflito pudesse ocorrer a forma como o presídio era gerido pelo Estado.
Desde então o sistema penitenciário passa por recuperação, com obras e mudança na forma tratamento dos presos. Antes eles eram separados por facção. No final de maio deste ano houve alerta de novas rebeliões, o que não foi confirmado.
Fonte: OP9 RN
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