Ceasa deixa de funcionar 24 horas por dia a partir de 3 de agosto

Depois de alguns adiamentos, finalmente a Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa) abandonará o modelo de funcionamento 24 horas, passando a abrir seus portões às 3 da manhã e fechando às 18 horas.

A medida, que começa a vigorar no próximo dia 3 de agosto, foi negociada pessoalmente pela governadora Fátima Bezerra com os permissionários e coincidirá com o aumento da taxa de condomínio e do Termo de Permissão Remunerada de Uso (Tpru) da Ceasa.

Dos atuais R$ 3,75, o valor passará para R$ 7,26, sendo que poderá sofrer um novo reajuste no mês seguinte, chegando a R$ 7,76.

Cálculos ainda não atualizados dos empresários estabelecidos na Ceasa, feitos entre o final do ano passado e o começo deste, já indicavam que para melhorar os serviços de segurança e zeladoria da área, hoje considerados péssimos, seria necessário reajustar o valor do metro quadrado do ponto em R$ 13,38.

“Não é mais possível administrar a Ceasa do jeito que está, com gente dormindo pelos cantos e arrombamentos e furtos a lojas praticamente diários”, comentou nesta quarta-feira, 24, o assessor jurídico da A Associação dos Usuários Atacadistas das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Assucern), Igor Medeiros.

“A luta dos permissionários é assumir a gestão da Ceasa e os últimos encontros com a equipe da governadora mostraram que há um bom canal de diálogo aberto para isso”, acrescentou o advogado.

Junto com o horário de abertura e fechamento, ficou acertado com o Estado que o sistema de água começará a ser individualizado e a entrada de mercadorias só se dará mediante apresentação de nota fiscal. As entradas de outros veículos menores de entrega e carros de passeio só poderão acontecer entre 6 às 13 horas.

Ouvido pelo Agora RN, o presidente da Associação dos Permissionários da Ceasa, Samuel Epitácio, disse que nunca esteve tão esperançoso numa negociação para melhorar o funcionamento da Central como agora.

“Muita gente vai reclamar, mas não se pode admitir gente trabalhando sem empresa aberta ou com até 10 lojas alugadas, trabalhadores dormindo dentro das instalações do comércio, pessoas entrando e saindo a qualquer hora do dia ou da note, sem nenhum controle de nada”, afirmou.

Fonte: Agora RN

Imagem: João Maria Alves

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