De acordo com Daniel Goleman, psicólogo formado pela Universidade de Harvard e uma das sumidades mundiais no assunto inteligência emocional, para que uma pessoa possa ter o autodomínio, ela precisa estar atenta à autoconsciência e à autogestão.
Em síntese: estar consciente dos estados interiores e ao ter tal consciência, gerir estes estados de forma a se autodominar.
Digo a você que a minha experiência como Professor e Coach Educacional me faz acreditar que a capacidade de se autodominar é diretamente proporcional ao sucesso do estudante em sua vida acadêmica e dos profissionais no mercado de trabalho.
Claro que as questões cognitivas são cruciais, no entanto, o uso adequado das emoções, aliado aos conhecimentos específicos das disciplinas, levam o estudante ao extraordinário no quesito desenvolvimento e resultado, bem como uma inteligência emocional bem desenvolvida é capaz de alavancar as carreiras das pessoas em um cenário a cada dia mais competitivo.
Já virou senso comum o fato das pessoas serem admitidas por suas qualificações técnicas e demitidas por suas fragilidades comportamentais e emocionais.
Nas palavras de Goleman, “a autorregulação da emoção e dos impulsos depende grandemente da interação entre o córtex pré-frontal (o centro executivo do cérebro) e os centros emocionais no mesencéfalo, particularmente o circuito que converge para a amígdala.”
Ah, para que fique bem claro! Esta amígdala a qual Goleman se refere não faz parte daquelas duas estruturas redondas que ficam no fundo da boca (uma de cada lado), relacionadas às amigdalites causadoras de dores de garganta, mas sim, a uma pequena estrutura do sistema nervoso responsável pela autopreservação da vida do indivíduo, sendo esta o centro identificador do perigo, nos gerando medo e ansiedade e colocando-nos em situação de alerta. A amígdala cerebral é também um ponto de disparo da angústia, do impulso e da raiva.
Compreendido isso, quando este circuito reativo assume “as rédeas” das nossas decisões e passa a comandar as nossas ações, há uma grande possibilidade de desempenhos e resultados insatisfatórios, bem como gigantescas probabilidades de nos arrependermos de nossas atitudes.
Talvez você já tenha ouvido alguém dizer algo do tipo: “eu sabia tudo, mas na hora me deu um branco e não consegui fazer uma boa prova!” Ou, ainda, “eu fiquei tão nervosa que nem lembro direito o que falei para ele na hora da discussão!”
Por isso, o equilíbrio entre estas duas diferentes, mas complementares partes do cérebro humano, o cortex pré-frontal e a amígdala, passa a ser a nossa busca existencial se o intuito é ter o pleno autodomínio de nossas ações.
Todavia, pela natureza humana, estamos a todo momento correndo o risco de sofrermos o chamado “sequestro da amígdala”, ou seja, basta a nossa percepção se deparar com uma ameaça e a tendência da amígdala é a de dominar o restante do cérebro, pois somos projetados para a sobrevivência.
da amígdala!
Então, como construir o autodomínio? É possível?
Sim. Na maioria dos casos, minimizando os sequestros. O importante é você compreender a sua própria natureza e estar atento ao momento em que está começando a acontecer o sequestro. Esteja consciente do momento em que começa a sentir algum tipo de perturbação ou incômodo. O melhor a ser feito é a interrupção do processo logo no início do sequestro.
Atenção e percepção são as palavras de ordem!
Algumas orientações práticas:
- Esteja atento e perceba o sequestro acontecendo.
- Tenha a intenção de se acalmar.
- Convença-se a sair do sequestro.
- Lembre-se de momentos onde se sentiu bastante tranquilo.
- Ponha-se em posição ereta e respire calma e profundamente.
- Crie o hábito de momentos diários de relaxamento e meditação.
Desenvolva o autoconhecimento e a autopercepção.
Você merece uma vida feliz e bem vivida!
Decida por resultados extraordinários!
Diego Rio Grande
Prof. de Ciências Humanas e Coach Educacional
coachdiegoriogrande@gmail.com