Irei me apoiar em uma das vertentes da abordagem filosófica sobre a liberdade para aqui bater um papo com você. Outros caminhos poderiam nos conduzir à mesma resposta, mas acredito que os saberes da Filosofia são fundamentais, pois são eles os precursores de uma reflexão sistematizada presente no conhecimento científico; exemplo disto temos na Psicologia, uma ciência humana originada dos muitos séculos de produção filosófica.
De acordo com Jean Paul Sartre (1905 – 1980), um dos representantes do Existencialismo, “o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.”
Isto posto, para aqueles que simpatizam com a forma existencialista de ver as relações humanas com o mundo (sou um deles!), o homem é destinado a ser livre a cada momento de sua vida (algo que o diferencia dos demais animais), pelo conjunto das decisões que adota no seu cotidiano.
Para efeito de melhor compreensão: o homem poderá decidir se mergulhará ou não com os tubarões em uma praia; já o tubarão não decide se irá ou não ao cinema, ao lado do homem, assistir filmes e comer pipocas!
Baseado nesta visão filosófica acerca da realidade, não somente é possível a liberdade, como é algo inerente a todo e qualquer ser humano. A contradição se faz fortemente presente. Nascemos condenados à liberdade! Um pouco angustiante para alguns! Eu os entendo.
Entretanto, cientes disso e se usarmos a inteligência de maneira positiva, temos conosco o livre arbítrio da decisão sobre as próprias ações e comportamentos. Somos os escritores dos capítulos que compõem o livro da nossa história.
Isto é humano! É incrível! É libertador!
No clássico livro O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, diz que “nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos.” Logo, responsabilidade e liberdade são filhas de um mesmo ventre; são irmãs.
Por fim, caro leitor e cara leitora, eu entendo que a minha liberdade me liberta! Quanto mais internalizo e decido por acreditar nisto, mais livre me torno, pois se tenho consciência de que sou eu a força maior no controle dos meus atos, pensamentos e decisões, me fortaleço; me empodero. Deixo de lado a infeliz e inútil ideia de terceirizar as responsabilidades pelo meu desempenho e resultados. Eu as assumo. Isto me alegra! Retroalimenta a minha mentalidade vencedora. Sinto-me gente e capaz!
Ao assumir que a energia do fazer está em mim, posso construir os meus resultados apesar das circunstâncias, sejam elas favoráveis ou não. Não importa!
O poder está no indivíduo. Está em mim e está em você!
Um forte abraço!
Diego Rio Grande
Prof. de Ciências Humanas e Coach Educacional