Luz do Meu Olhar
Os círios que dos meus olhos clareiam
Mostrando toda tristeza do meu rosto
As lágrimas que deles margeiam
são de saudade e desgosto
Da capela o carrilhão a bater trindades
Nesse entardecer que tão cedo finda
Rogo por Deus que as tuas saudades
Reza uma prece antes da noite vinda
Mas para que te pedir tanto
Se tua descrença é insana
Não tens saudade nem pranto
Sei que me atormenta e me engana
Sinto para o meu desespero
Como as estrelas que estão bem altas
A contar os dias e as noites que te espero
Em todos eles tu me faltas
Por Múcio Amaral da Costa – advogado e poeta potiguar