O pedreiro Marcondes Gomes da Silva, 45 anos, acusado de matar estrangulada a adolescente Iasmin Lorena, 12 anos, será julgado pelo Conselho de Sentença em júri popular. A decisão foi tomada pela juíza Ingrid Raniele Farias Sandes, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A audiência de instrução aconteceu na manhã desta quarta-feira (24). Foram arroladas sete testemunhas pelo Ministério Público do Estado, somente o filho do acusado não foi localizado pela Justiça. O acusado foi intimado para a audiência, mas se resguardou ao direito de permanecer calado. A data para o júri popular ainda não foi divulgada.
A juíza afirmou que manteve a prisão preventiva do acusado pela gravidade concreta do crime, embora ele não tenha antecedentes criminais e possua residência fixa. “Ele confessou à polícia e o laudo comprovou que Iasmin foi morta por asfixia mecânica por estrangulamento. Com isso, existem sérios indícios de que foi Marcondes da Silva que matou Iasmin, mas não compete a essa fase julgar. Já o sentenciamos a júri popular”, explicou a magistrada.
Entre as testemunhas de acusação ouvidas, prestou depoimento Ingrid Araújo, mãe da vítima. Foi a primeira vez que ela ficou frente a frente com o acusado após a morte da filha. Um ano depois do assassinato da Iasmin, Ingrid disse que continua esperando que a justiça seja feita. Nesta quarta-feira (24), faz exatamente 12 meses que a garota Iasmin Lorena, 12 anos, foi encontrada morta enterrada em uma casa em construção na Zona Norte de Natal, a Justiça do Rio Grande do Norte realiza audiência com o principal acusado do crime e decide se haverá júri popular do caso.
O caso provocou muita comoção em Natal nos meses de março e abril de 2018. A estudante desapareceu dia 28 de março do ano passado. A mãe dela, Ingrid Araújo, relatou à polícia na época que a filha saiu de casa, na Comunidade da África, no bairro da Redinha, para entregar um dinheiro à uma vizinha por orientação da mãe e não voltou mais.
Após buscas e investigação da Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar, o corpo da garota foi encontrado enterrado dentro de um canteiro de obras, em uma casa em construção a poucos metros do lugar onde a adolescente morava com a mãe. O cão farejador da PM, D´Black, ajudou a localizar o corpo de Iasmin escondido no terreno. A partir deste dia, a Polícia Civil divulgou que estava em busca do principal suspeito, Marcondes Gomes da Silva, pedreiro e vizinho da vítima.
Um dos detalhes que mais chocou a população foi que Marcondes era uma das pessoas que cobrava justiça pelo desaparecimento da garota, chegando até a dar entrevista lamentando o fato e também a participar dos protestos.
Fonte: OP9 RN
Imagem: Alexandre Cassiano/TV Ponta Negra