Os alunos da rede estadual de ensino realizaram importante participação na 17ª Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da Universidade de São Paulo – USP), na capital paulista. No total, entre certificados e credenciais para feiras nacionais e internacionais, 20 premiações foram entregues aos estudantes potiguares, incluindo a disputada credencial para a Intel ISEF, maior feira pré-universitária de ciências do mundo.
O projeto selecionado para compor a delegação brasileira na Intel ISEF foi o “Desenvolvimento de cateter bioativo proveniente do aproveitamento do líquido da castanha do caju (Anacardium Occidentale) como alternativa na prevenção de infecção sistêmica”, desenvolvido pela aluna Ekarinny Brito de Medeiros, da Escola Estadual Hermógenes Nogueira da Costa, localizada em Mossoró. O trabalho começou a ser concebido após uma experiência familiar da estudante. Ekarinny perdeu uma tia, vítima de infecção na corrente sanguínea, ocasionada por um cateter. Diante desse acontecimento, a aluna iniciou estudos e descobriu que não havia cateter que possuísse propriedades bioativas, que inibe bactérias.
Com o auxílio de sua professora, atividades de iniciação científica e leituras sobre o assunto, surgiu a ideia de produzir um cateter com resíduos agroindustriais da cultura do caju, graças ao potencial que o RN tem na produção da fruta. “A minha escola, a direção e os professores me ajudaram bastante”, conta Ekarinny. “Eu nunca pensei que eu pudesse ir para outro país e os estudos que essa pesquisa está me proporcionando. Representar o nosso país na maior feira do mundo e ser de escola pública é incrível”, conclui a estudante. Por meio do seu projeto, a estudante foi premiada com uma credencial para a Intel ISEF, maior feira pré-universitária de ciências do mundo, que será realizada no Arizona, Estados Unidos, em maio.
A SEEC, em parceria com universidades do RN, como a UERN e Ufersa, realiza ações com foco no desenvolvimento do pensamento científico dos estudantes e na motivação dos professores na realização de ações que dinamizem a ciência em sala de aula. “Para nós, é motivo de orgulho ver tantos estudantes trilhando um caminho de sucesso por meio da iniciação científica”, pontua Márcia Gurgel, secretária adjunta de Educação.
Kiara Lopes, professora de biologia da escola e orientadora da estudante no projeto, afirma que a sensação é de dever cumprido. “A missão que a ciência nos dá, que é contribuir para um mundo melhor e para a transformação da sociedade e procurar uma solução para uma problemática para a sociedade, foi cumprida”, explica. Também afirma que já estavam felizes com a execução da pesquisa, a premiação foi uma conquista extra, “mesmo que não viesse medalhas, já estávamos satisfeitas por participar de uma feira de tamanha importância que é a Febrace e por estar mostrando o trabalho que fizemos”, concluiu.
O projeto também foi homenageado com o 2º lugar no prêmio Destaques da SBPC na Febrace e com o Prêmio Destaque das Unidades da Federação, além de ganhar credencial para a Feira de Tecnologias, Engenharia Ciências do Mato Grosso do Sul.
Fonte: Grande Ponto
Imagem: reprodução/Grande Ponto