Com bairro em surto de virose, moradores do Tirol denunciam abandono de piscina da Assen

Diante do surto de uma nova virose com muitos casos notificados no bairro Tirol, moradores dos arredores da Associação de Subtenentes e Sargentos do Exército (Assen) registraram e enviaram para o Portal NoAr o estado de flagrante abandono da piscina do clube.

O número de casos da doença já fez com que o bairro fosse classificado como área vermelha pela Vigilância Sanitária. E segundo diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Natal, Juliana Araújo, imóveis e piscinas abandonados são grandes focos de proliferação do  Aedes aegipty, mosquito transmissor dessa nova virose que tem sintomas bem parecidos com Dengue, Zika e Chikungunya.

A médica Marília Nóbrega, que mora perto da Assen, afirma que a piscina está “absolutamente abandonada” e que “o alto índice de pessoas contaminadas na região é alarmante”. “Não há nenhuma atividade no clube. É evidentemente um multiplicador de doenças”, reclama.

A reportagem foi até a Assen para apurar a situação do local. Lá, encontrou apenas o funcionário João Ferreira da Silva, que disse tomar conta do prédio e limpar a piscina periodicamente. Ele defende que não há risco de haver foco de mosquitos no local. “Eu coloco produtos muito fortes. Nenhum ser vivo aguentaria a piscina”, acredita.  No entanto, a reportagem não pôde ter acesso ao interior do clube, para verificar as condições do imóvel.  Ferreira não permitiu, alegando que não havia membros ou dirigentes da Associação no local. A reportagem tentou entrar em contato com responsáveis pela Assen, mas no único número de telefone disponibilizado, as ligações não foram atendidas.

Mais problemas

Além dos mosquitos, a sede da Assen tem servido de refugio para moradores de rua, segundo Adeilton da Silva, que trabalha em uma lanchonete ao lado do clube. “Eles sujam toda a calçada, urinam e fica esse cheiro”, denuncia o rapaz. “Tem um vigia, mas ele não tem muito o que fazer. Os moradores de rua pulam a cerca e o ameaçam”, conta.

O prédio, que recebia grandes festas até a década de 90, está vazio e o funcionário revelou que nenhuma atividade é realizada lá atualmente, mas que passará por reforma. Questionado sobre o porquê da piscina não ser esvaziada, João Ferreira disse que “se secar, forma lama e fica mais difícil de limpar”.

Fonte: Portal no Ar

Imagem: reprodução/Portal no Ar

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