Congresso de Oftalmologia discute em Natal tratamento pioneiro que corrige lesão ocular em pacientes com microcefalia

Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia discute tratamento pioneiro que corrige lesão ocular em pacientes com microcefalia em Natal — Foto: Divulgação

O 25º Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia, que acontece na próxima semana em Natal, de quinta-feira (28) a sábado (30), vai discutir um tratamento pioneiro que corrige lesão ocular em pacientes com microcefalia. O evento pretende debater outras questões também relacionadas à área da Medicina que trata dos olhos. A expectativa é de reunir entre 800 e mil participantes de todas as regiões do Brasil no Serhs Natal Grand Hotel, local de realização.

Desde as primeiras ocorrências de microcefalia, em 2015, pesquisas têm sido desenvolvidas para entender como o vírus da Zika atinge os fetos em gestação e como a qualidade de vida das crianças acometidas pela doença pode ser melhorada.

Uma dessas áreas que têm investido em pesquisas é a oftalmologia: especialistas da Fundação Altino Ventura (Pernambuco) comprovaram que o vírus também provoca lesões oculares. Pernambuco foi o estado brasileiro com o maior registro de ocorrências de microcefalia em função do vírus da Zika, com 16,9% dos casos. O Nordeste registrou 60% das ocorrências.

No final do ano passado, foram realizadas em Recife as três primeiras cirurgias no mundo de correção de estrabismo em pacientes portadores da síndrome congênita do vírus, experiência que será discutida no congresso.

O assunto será debatido na abertura oficial do evento, com a palestra magna cujo tema é “Zika, o que aprendemos: como estamos e quais são os desafios”, que será ministrada pela oftalmopediatra pernambucana Liana Ventura, pioneira nesta pesquisa. A solenidade acontece na quinta-feira (29), a partir das 18h.

Pesquisa

Liana Ventura relata que mais de 80% dos pacientes apresentaram melhora na função visual, na mobilidade dos olhos e na atenção visual após o procedimento. “Segundo pesquisas da Fundação, 87% das crianças afetadas pelo vírus têm estrabismo. Após a cirurgia a criança se torna mais participativa nas terapias de reabilitação e, por isso, atinge melhor desenvolvimento global”, aponta a especialista.

Fonte: G1 RN

Imagem: divulgação

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