Um grupo de 12 vereadores de Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, aprovou um título de “persona non grata” em sessão extraordinária para a sindicalista Marleide Cunha. Essa foi a forma que eles encontraram de impedir que ela, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, fosse homenageada naquela Câmara Municipal. Tradicionalmente, o legislativo da cidade faz homenagens a mulheres no mês de março, com a entrega da medalha de honra Celina Guimarães.
A moção de “persona non grata” seria a resposta encontrada pelos parlamentares que se sentiram ofendidos com um outdoor publicado pelo Sindicato, que os acusava de servirem somente aos interesses da prefeita da cidade, Rosalba Ciarlini (PP).
O vereador Gilberto Diógenes (PT), que propôs homenagem a Marleide Cunha, ficou revoltado com o que foi feito. Segundo ele, a sessão extraordinária na qual foi aprovado o título de “persona non grata” foi coisa de criança. Já a sindicalista disse que o fato de ter recebido esse título não a fará parar de defender os interesses dos servidores.
“Se eu sou uma pessoa não bem vinda na Câmara porque estou dizendo que estamos tendo uma gestão opressora, com vereadores subservientes, que não fiscalizam o Poder Executivo, que não fiscalizam o dinheiro da saúde, da educação, o caos que está a cidade de Mossoró; eu vou continuar dizendo isso, então eu devo ser uma pessoa realmente não bem vinda na Câmara”, disse.
O jornalista Vilsemar Alves, da TV Ponta Negra, emissora do Sistema Opinião, fez uma reportagem sobre o assunto, mostrando melhor os detalhes da polêmica.
Fonte: OP9 RN
Imagem: reprodução/TV Ponta Negra