Vivendo com o inimigo

A humanidade depois que entendeu que a vaidade é algo positivo e que é melhor viver e aceitá-la como algo normal e até charmoso, caminha cada vez mais para longe do ideal proposto pelo SENHOR Jesus: amar o próximo como a si mesmo e perdoar como gostaria de ser perdoado.

O ser humano vive assim, em constante perigo porque convive com o inimigo 24 horas. E antes que você pense, não! Eu não estou me referindo ao seu cônjuge. Estou me referindo a você mesmo. Você é seu pior concorrente e causador de tantos entraves na sua vida. Você se auto sabota e ao mesmo tempo que faz isso, imediatamente coloca a culpa em alguém, na família, no governo ou no diabo. E pensa que apenas você é o “inocente” da história.

Colocamos todos os dias a nossa ética, o nosso compromisso, o nosso amor em perigo. Somos melhores como competidores do que como influenciadores.

As nossas ambições, nossos desejos gritam mais alto do que as necessidades alheias. Somos especialistas em fazer as coisas da nossa maneira. Na marra. E o pensamento vem: “e o que eu deveria fazer então? ”

Eu te respondo: Orar sobre isso. Parar um pouco com a busca pelo ‘ter’ e tentar concentrar-se com o ‘ser’.

Estamos sempre vulneráveis aos nossos impulsos sejam para realizar o que é bom, como   para realizar o que é mal. Somos capazes de morrer queimados por alguém que amamos como trair a mesma pessoa. Somos capazes de realizar coisas extraordinárias de um lado ou de outro. A escolha sempre será nossa. Mas o coração muitas vezes é enganoso e inclinado a cortar o fio errado da bomba humana que somos.

Mais uma vez sugiro como estratégia a oração. Eu chamaria essas de ‘orações de livramento’. E já que nos coloquei como uma bomba humana, o ideal nessa oração seria pedir que Deus desativasse todas as nossas explosões:

-SENHOR, livra-nos das explosões de inveja que sinto do meu melhor amigo ou até mesmo do meu próprio irmão, como foi o caso de Caim e Abel.

-Livra-nos das explosões de vingança. Do olho por olho.

-Livra-nos das explosões da cobiça. Do desejo insaciável de querer o que não me pertence. Quando na grande maioria nem precisamos ter o que estamos cobiçando.

-Livra-nos da autocomiseração. Dessa necessidade infantil de ser o centro das atenções e estar se colocando continuamente como a pessoa mais desfavorecida e sofrida do planeta terra. “Olhem para mim e vejam como eu sou coitadinho”.

-Livra-nos de todo e qualquer vício que chamo de prazer, mas que se tornam minhas algemas a cada dia que passa. Seja o que for, se me domina e me controla, deixa de ser algo bom para minha vida.

Livra-nos de nós mesmos.

O desafio é grande, mas o nosso Deus é maior. Ore e pratique o domínio próprio.

Imagem: “Cactus” – Acrílica sobre tela de algodão – Autor: Luciano Luz (clique aqui e saiba mais)

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