O Carnaval deste ano teve maior movimentação de turistas e alta ocupação hoteleira. Mas em algumas das cidades onde a agitação foi intensa, a chuva atrapalhou os negócios de bares e restaurantes. Também não se espera maior efetivação de trabalhadores temporários uma vez encerrado o período da folia.
A receita das atividades turísticas no país no feriado teve o primeiro crescimento em três anos, beneficiada pela inflação sob controle e o dólar 20% mais caro, o que inibe as viagens internacionais. O indicador subiu 2% em relação a 2018, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“O número deve se confirmar e fazer com que essas atividades experimentem o primeiro crescimento real de receita desde 2015”, disse o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes. O aumento não foi suficiente para superar a queda de 20% entre 2016 e 2018. Os números incluem hospedagem, alimentação fora de casa, serviços de transporte e culturais.
A CNC calculou a contratação de 23,6 mil temporários entre janeiro e fevereiro – 23,4% mais do que no mesmo período de 2018. A expectativa de absorção é de 10% a 15%. Rio de Janeiro (R$ 2,1 bi), São Paulo (R$ 1,9 bi), Minas Gerais (R$ 615,5 mi), Bahia (R$ 561,9 mi), Ceará (R$ 320 mi) e Pernambuco (R$ 217,6 mi) foram os estados que mais arrecadaram. O resultado não faz superar a queda de 20% entre 2016 e 2018.
No Rio Grande do Norte, os números oficiais do Carnaval 2019 ainda não foram divulgados. A expectativa é que a receita gerada das atividades turísticas durante o feriado de Momo, só na capital potiguar, deva se aproximar da cifra de R$ 100 milhões de reais.
Crédito das Fotos: Arquivo DT e Tomaz Silva/Agência Brasil