As meninges são três camadas de tecido que demarcam a fronteira entre o cérebro e o osso do crânio. Meningite é a inflamação dessas camadas. O tecido ali é sensível a vários tipos de infecção: pode ser atacado por vírus, bactérias, fungos.
As infecções virais são as mais comuns: os sintomas (dor de cabeça, febre, sensação de pescoço endurecido) podem desaparecer em algumas semanas mesmo sem tratamento. As fúngicas são raras, mas também amplamente tratáveis.
A variante mais perigosa é a infecção bacteriana. Os agentes invasores mais comuns nesse caso são a Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que causa a meningite pneumocócica, e a Neisseria meningitidis (meningococo); a da meningite meningocócica, que vitimou Arthur Lula da Silva, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula.
Essas bactérias podem penetrar nas meninges após uma fratura no crânio, uma infecção nos ouvidos, ou uma sinusite (a infecção dos seios da face – as cavidades ao redor do nariz e dos olhos). Mas também podem penetrar pelas vias respiratórias, atingir a corrente sanguínea e chegar ao crânio.
A bactéria mais comum é o pneumococo, que também causa pneumonia e sinusite. O meningococo é responsável por infecções respiratórias, e pode causar meningite caso invada a corrente sanguínea. Uma vez instalada a infecção, ela pode matar em questão de horas.
Os dois tipos de infecção apresentam níveis altos de letalidade, na faixa dos 20%. Em 2018, dos 1.072 casos registrados de meningite meningocócica no Brasil, foram registradas 218 mortes.
Fonte: Revista Superinteressante
Imagem: iStock