Mitos e verdades sobre alimentos

Saiba como a alimentação atua positivamente ou não na sua saúde - Foto: iStock.com/Getty Images

Consumo excessivo de adoçante pode fazer mal para saúde?

Verdade. Na onda da zero caloria, cada vez mais as pessoas têm substituído as colheradas de açúcar pelos sachês ou gotas de adoçantes. Mas muito já se disse que seu consumo pode causar doenças e levar até ao câncer.

No entanto, conforme explica Fernanda Granja, “os adoçantes consumidos dentro do limite recomendado são seguros. Esse limite foi determinado em estudos com animais, correspondendo para o ser humano 10% da dose mínima de toxicidade para os animais pesquisados, sendo assim a margem de segurança é grande”.

A quantidade máxima de adoçante do tipo aspartame que um adulto com 60 kg pode ingerir diariamente, com segurança, de acordo com recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é de 2.400 mg, o que equivale, aproximadamente, ao consumo de 48 envelopes de 1 g de um adoçante dietético com 5% de aspartame. Ou ainda a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com aspartame.

É verdade que refrigerante de cola faz mal para os ossos?

Verdade. Os refrigerantes à base de cola, frequentemente, são acusados de fazerem mal aos ossos. E não é apenas boato, é fato.

As bebidas à base de cola apresentam grande quantidade de fosfatos que, presentes no lúmen intestinal, podem formar cristais insolúveis com o cálcio, diminuindo a absorção intestinal do mineral, ou seja, esses refrigerantes dificultam a absorção de cálcio, que é necessário para os nossos ossos, explicam especialistas. É recomendável que o consumo deste tipo de refrigerante seja evitado ou moderado.

Comer muito chocolate provoca acnes?

Mito. Seja na Páscoa, na TPM ou num surto de ansiedade, parece que toda vez que exageramos na quantidade de chocolate surgem aquelas espinhas inconvenientes no rosto. Mas será verdade que o consumo dessa guloseima, quase sempre irresistível, influencia no aparecimento de acnes?

Quem responde são os nutricionistas. Segundo eles, a acne ocorre devido ao aumento da secreção sebácea nos folículos da pele. “Sabe-se que o consumo de alimentos muito gordurosos pode promover maior oleosidade da pele, contribuindo para formação de espinhas. O chocolate é um produto que possui grande concentração de gordura, advinda da manteiga de cacau e do leite, seus principais ingredientes. Porém, não existe uma relação direta, cientificamente comprovada, entre o consumo de chocolate e o aparecimento de espinhas”, explica.

Ela lembra que o aparecimento de espinhas também pode estar relacionado a diversos outros fatores, como mudanças hormonais presentes na juventude ou hereditariedade. Por isso, “o surgimento de espinhas não deve ser atribuído apenas ao consumo de chocolate, havendo uma série de fatores que podem estar envolvidos nesse processo”.

Pimenta do reino faz mal para o estômago?

Verdade. Dizia-se até pouco tempo que todos os tipos de pimenta faziam mal à saúde. Porém, estudos recentes mostram que apenas um tipo de pimenta pode trazer problemas ao estômago: a pimenta do reino.

Segundo os nutricionistas, a pimenta é uma ótima aliada para a gastrite, mesmo com alguns especialistas não concordando com isso. A pimenta dedo de moça, por exemplo, trata e cicatriza a gastrite. Mas a pimenta do reino pode causar problemas sim, explicam.

Mas qual o detalhe que faz com que a pimenta do reino seja a diferenciada nessa questão? A origem do produto nunca é confiável. Deve-se moê-la na hora, comprando pimenta do reino em grãos. Comprando só o pó, corre-se o risco de o produto não ser puro, o que pode prejudicar o estômago e o intestino.

Consumo excessivo de proteína faz mal para os rins?

Verdade. Com tantos suplementos alimentares contendo proteína que prometem aumentar os músculos, o boato de que o excesso de proteína faria mal para os rins cresceu muito. Mas não é boato. É verdade.

O consumo exagerado de proteína pode trazer vários problemas renais. Uma dieta rica em proteína exige mais trabalho dos rins. O rim é o órgão responsável por filtrar os subprodutos da degradação da proteína.

Pessoas com problemas renais sofrem com esse consumo excessivo, que se torna mais um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência renal, podendo levar a sérias lesões nesses órgãos.

É verdade que para emagrecer não podemos comer carboidratos à noite?

Mito. Tem gente que faz e inventa de tudo para voltar a usar aquela velha calça jeans. Algumas pessoas instituem a elas mesmas a penitência de não ingerir carboidratos à noite. Mas de acordo com nutricionistas, tal proibição não tem fundamento.

Contudo, não dá para exagerar e comer um prato de massa antes de dormir. O carboidrato é o macronutriente que mais fornece energia para o nosso organismo e é necessário em vários casos. O que acontece é que à noite nosso metabolismo fica mais lento, sendo ideal que sejam realizadas refeições mais leves.

O ideal é que a alimentação noturna contenha carboidratos complexos, presentes em alimentos integrais, e se evite gordura, o que garante que a glicemia se eleve aos poucos, que a digestão não seja difícil e que o sono não seja atrapalhado.

Crédito da Foto: iStock.com/Getty Images

Fonte: https://www.terra.com.br

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