Médicos rejeitam Resolução do CFM sobre Telemedicina

Publicidade

Em Natal, médicos se reuniram para debater a resolução nº 2.227/2018 do Conselho Federal de Medicina, publicada este mês, que define e disciplina a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos mediados pela tecnologia.

O encontro ocorreu na Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) e contou com a participação de representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), Conselho Regional de Medicina (CREMERN) e diretores científicos das Sociedades de Especialidades do RN.

Na ocasião, o presidente da AMRN, Marcelo Cascudo, defendeu que a resolução ainda precisa ser revisada: “Nós precisamos avançar, mas a resolução precisa ser revisada. A Telemedicina precisa chegar em quem realmente precisa, mas essa resolução parece ter sido feita apenas para beneficiar as grandes corporações”. A opinião dos demais médicos, no que se refere a revisão da resolução, é a mesma.

Em reunião com entidades médicas realizada em Brasília, também na última quarta-feira, a solicitação de revogação da resolução foi aprovada por unanimidade pelos presentes. O Deputado Hiran Gonçalves (PP RR), líder da Frente Parlamentar da Medicina, protocolou hoje pedido legislativo de suspensão da Resolução CFM 2.227/18. O mesmo vem ocorrendo nos demais estados brasileiros, com o reforço e a unificação dos Conselhos Regionais, que também pedem pela revogação.

Para o presidente do Sinmed RN, Geraldo Ferreira, é necessária uma ampliação da discussão com os médicos e as entidades: “Para o momento a solução mais sensata é a revogação da Resolução do CFM e uma ampliação da discussão com os médicos e as entidades sobre o formato adequado do uso da Telemedicina no Brasil”, disse.

Ferreira defende ainda que é necessário ter cautela com relação à valia da resolução: “Demissões em massa pelos Planos de Saúde, nas áreas de Radiologia e Cardiologia, em vários estados, mostram a cautela que temos que ter com a Telemedicina e a inadequação da Resolução do CFM neste momento. É necessário uma discussão ampliada com a categoria médica e um aprofundamento maior na avaliação de suas consequências”.

Fonte: Grande Ponto

Imagem: reprodução/Grande Ponto

Sair da versão mobile