Entrevista exclusiva: Lemuel Dinho

Frontside handplant - Foto: Revista Overall

A expressão “alçar vôos” ganhou novos contornos quando Lemuel Dinho iniciou-se nos caminhos do skate e decidiu mostrar a que veio. Nos campeonatos, quando todos escolhiam cautelosamente as “rotinas” de suas voltas, era ele quem puxava o nível para cima e impunha o seu próprio ritmo: explosivo, rápido e muuuuuito alto o tempo todo. O recado era simples e direto: ele estava ali para se divertir e ganhar, não necessariamente nesta ordem.

O seu estilo, mesclando força e constância, logo se destacou no cenário do skate nos anos 80/90 e o consagrou como membro efetivo de uma elite lendária do esporte. E mesmo a falta de infraestrutura no Brasil da época (mais evidente numa modalidade como o vertical, praticada exclusivamente em pistas) não conseguiu ser impeditivo, pelo contrário: Dinho andava aonde suas rodinhas deslizassem, como um legítimo ‘overall’ que é. Fosse em uma rampa de street, num banks, ou em um half, a única coisa sempre garantida é que ele voaria.

Uma carreira impecável, que colecionou mais vitórias do que troféus, esta bem poderia ser uma breve descrição de sua trajetória. Não por lhe faltarem campeonatos vencidos, capas de revistas, ou mesmo dinheiro e fama, mas sim porque a sua história foi muito além de todas essas coisas, com a serenidade e sabedoria de quem soube escolher cada coisa no seu devido tempo. E é sobre essas e outras coisas que conversamos com o mestre dos ares Lemuel Dinho:

Perguntas:

Você é uma das lendas vivas do skate brasileiro e figura cativa na memória do esporte em nosso país. Por isso creio que a pergunta que todos querem ver respondida de cara é: você ainda voa monstruosamente?

Resposta no áudio abaixo:

 

 

Você era um dos poucos skatistas que podiam ser chamados de “overall”, pois além de destruir no half, também tinha base para andar em banks, bowls, miniramps e até mesmo no street (como se viu no vídeo “Skate Total”, de 1989). Como cada uma dessas bases construiu o seu estilo final?

Resposta no áudio abaixo:

 

 

Aliás, o seu model-pro, pela H-Prol, chamava a atenção por ter um comprimento menor do que outros destinados ao vertical, parecendo mais dinâmico e lembrando mesmo os de street. Isso foi proposital? Como se deu a escolha do design?

Resposta no áudio abaixo:

 

 

Mesmo antes do icônico Münster Monster Mastership, de 1989, o seu nível de skate já estava elevadíssimo e tão bom quanto dos gringos. Diante disso, pergunto: você nunca pensou em arriscar uma carreira no exterior?

Resposta no áudio abaixo:

 

 

Qual a sua manobra preferida, que é a sua marca?

Resposta no áudio abaixo:

 

Method air… muuuuito alto! – Foto: Acervo/Dinho

 

O skate brasileiro recebeu um duro golpe no início dos anos 90, tanto aqui como nos E.U.A. (por motivos distintos), onde, da noite para o dia, várias empresas do setor faliram e atletas ficaram órfãos de patrocínios, campeonatos etc. Como foi esse período para você?

Resposta no áudio abaixo:

 

O “Plano Collor” deixou um rastro de destruição no país e prejudicou muito toda uma geração de atletas. – Foto: Arquivo/Revista Veja

 

Quando foi que você parou de competir e como aconteceu a transição para esta nova etapa da sua vida?

Resposta no áudio abaixo:

 

 

Você continua acompanhando o esporte? Tem algum atleta preferido?

Resposta no áudio abaixo:

 

Pedro Barros voando no banks. – Foto: CDL Jovem

 

Você vem de um período em que praticar skate era bem difícil, com várias estigmatizações, falta de pistas, apoio e até mesmo proibições (como aconteceu em São Paulo). Como você vê agora a participação do esporte nas Olimpíadas?

Resposta no áudio abaixo:

 

O skate estreará nas Olimpíadas de Tokio, em 2020. – Foto: André Durão

 

Mande uma mensagem para todos os seus fãs que lerão essa entrevista.

Resposta no áudio abaixo:

 

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