A maior apreensão de drogas já registrada no Porto de Natal desde 2002, quando o terminal foi autorizado a movimentar cargas para outros países, foi uma pequena operação de guerra.
Mobilizou mais de 70 agentes da Receita, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal e começou na semana anterior, quando a inteligência da Operação Cactus, da Receita, já monitorava dois alvos vindos de Pernambuco e Alagoas.
Os 2 mil quilos de cocaína apreendidos na última quarta-feira, 13, já haviam chegado ao porto no sábado, 9, de onde seriam embarcados no navio Saint Laurence, da CMA/CGM, de bandeira britânica. Os outros 1.275 quilos, apreendidos na primeira operação de segunda-feira, 11, chegaram ao porto no domingo, 10.
Os fiscais sabiam na existência da droga, que estaria em três dos mais de 400 contêineres empilhados no pátio do porto, tinham a indicação repassada pela inteligência da operação, mas não sabiam em qual os quais dos três a droga estaria.
Fontes com as quais o Agora RN conversou informaram que a operação passou então a ser pautada pela “oportunidade”. Como um dos contêineres suspeitos já havia sido embarcado, os fiscais ordenaram o desembarque para a revista da carga. A ordem era devolver o container imediatamente ao navio, caso a droga não fosse encontrada, para não alertar os destinatários, disse uma das fontes ouvidas pela reportagem. Com este estava “limpo”, foi o que aconteceu.
A Operação, que possibilitou à Polícia Federal apreender no total 3.275 quilos de cocaína no Porto de Natal, numa única semana, é o resultado do trabalho de pura inteligência da Receita Federal, que vem monitorando de perto a entrada de drogas também nos portos cearenses de Pecém e Mucuripe.
Com essa possibilidade cada dia menor pelo porto de Santos, onde todos os contêineres já são escaneados, as quadrilhas internacionais têm migrado para outros portos do país, onde a segurança ainda é precária.
Fonte: Agora RN
Imagem: Polícia Federal