Smartphones, política e lacre

Imagem: Tribunephotos

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A tecnologia se desenvolve cada vez mais rapidamente e nos ajuda no nosso dia a dia. Facilita nossas relações, diminui as distâncias e promove o acesso a diversos conteúdos. Lógico e evidentemente que nem todos usufruem do melhor que este legado de avanços nos proporciona.

A maioria de nós possui em mãos smartphones que nos abrem canais de comunicações quase que infindáveis, assim como nos expõem ao mundo.

A ânsia de “lacrar” com o mais novo post mais compartilhado ou a foto mais curtida, nos faz ter algumas atitudes de animais virtuais. Vemos isto em vários momentos: brigas, discussões, assaltos, traições e aperreios alheios, são retratados como diversões a serem compartilhadas via smartphones através de redes sociais nada sociais.

As tristezas e desastres passaram a ser simples entretenimento. Memes de desgraças rendem likes, principalmente em dias onde a política, ao invés de ser a discussão pública com objetivo de chegar ao melhor possível para a população, virou simples ringue de uma luta sem sentido algum, onde o destino é simplesmente o aumento do ódio entre nós.

Youtubers e digital influencers com pouquíssima capacidade intelectual passaram a ser as referências políticas de jovens, que deixam de lado a leitura de livros clássicos com conteúdos importantíssimos para seus futuros, para acreditarem que a verdade está nestas figuras que não tem a menor ideia do tamanho da irresponsabilidade de suas opiniões sem lastro racional.

A discussão política argumentativa, que é a única arma que nós, simples mortais, teríamos pra pressionar os nossos políticos com soluções vinda da sociedade civil, virou FlaxFlu onde existe um único derrotado, o Brasil.

Enquanto o objetivo de nossas discussões for simplesmente a “vitória” contra o lado odiado, podemos esquecer uma nação onde todos possamos ter evolução e desenvolvimento social.

Um grande economista brasileiro diz sobre a economia, mas que podemos usar para tudo, que prever o futuro não é tarefa das mais simples, mas temos uma história toda por trás da gente para nos dizer o que não fazer.

Que tal usarmos todo o poder das novas tecnologias, sem esquecer do bom e velho livro, não para nos digladiarmos inutilmente, mas buscarmos mais conhecimento e que a discussão, tenha objetivo de crescimento sociopolítico ao invés da vitória efêmera de um debate inócuo.

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