Numa viagem mais longa, onde objetos um pouco inacessíveis ficam mais próximos, decido a um preço razoável, adquirir uma CANON REBEL e minha vida, já muito dinâmica e animada, pegou pressão e subiu as cucuias do êxtase divino, com cada deslocamento imantado de novos significados na medida em que, além de estar sempre em satsang (boas companhias), passei a ter a empolgação da eternização do que os olhos observam e podem ser qualificados, em megapixels, nos arquivos e mídias sociais, disponíveis por aí.
Quando mergulhamos no mundo do amor à fotografia, passamos a ver a vida de maneira diferente. O olhar usual, normalmente utiliza sua funcionalidade para evitar acidentes corriqueiros, dominar percursos, ultrapassar barreiras, obter prazer relativo.
O fotógrafo apaixonado vê cada flor, paisagem, ângulo interessante, detalhe, luz, movimento, como algo a ser valorizado, importante, daí o clique ser o passaporte para a criação de um banco de dados mundial, cósmico, das coisas boas do planeta – e das ruins, das coisas todas, sendo o agente disso o guardador mor, o arquivista, aquele que eterniza, passa para a frente, memoriza e dá sentido à nossa permanência e existência neste belo espaço terráqueo.
O fotógrafo quando anda e observa sente prazer em ver relevância em algo, sente regozijo em dar o melhor de si numa boa foto, agradecendo sempre a câmera pela parceria, tendo amor pelo objeto alvo e pelo meio que ajuda no processo finalizador.
Sendo assim o fotógrafo é amante, poeta, jornalista, escritor da imagem, um ser ativo, criativo, necessário, arquivista, realista, mágico, imaginário, divinizado.
Num mundo cada mais avesso a leitura, quem pare imagens cria filhos, gesta vida, oportuniza continuidade.
Luzzzzzzzzzz.
Flávio Rezende aos dez dias, segundo mês do ano dois mil e dezenove. 12h49.
Praia da Pipa.
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