O jornalista e pesquisador Gustavo Sobral tem na escrita seu grande ofício. Ele não para de escrever e brindar os leitores com novas publicações. Dentre suas obras estão “Cinco Cronistas da Cidade” (Edufrn, 2017) e “Petrópolis: Um guia prático, histórico e saboroso do bairro”. No apagar das luzes de 2018 ele colocou no mundo mais um trabalho, desta vez sem alarde – nada de coquetel de lançamento ou coisa do tipo. Trata-se do “As Memórias Alheias”, um livrinho de 58 páginas, híbrido de conto e crônica, com ilustrações da artista Ângela Almeida.
Além do livro físico, Sobral ampliou o alcance de leitores com a edição virtual, que está disponível para download no site do autor. Em alguns círculos de leitores a obra tem repercutido bem. Francisco Martins, da Academia Ceará-mirinense de Letras e Artes, chegou a escrever que “ao abrir o livro, sinta-se transportado ao passado e aproveite para conhecer outra geografia política e social nas personagens que ressurgem para o deleite do leitor”. Já Iaperi Araújo, da Academia Norte-riograndense de Letras, disse: “li de uma vez só, encantado tanto com as estórias da vida quanto a linguagem absolutamente fiel às narrativas mas, principalmente, pelo valor que suas estórias concedem ao cotidiano comum das pessoas”.
Em carta datilografada, o escritor Manoel Onofre analisou o trabalho de Sobral: “o livro traz “fragmentos de um romance inédito, em tom memorial, e desta maneira revelou grande potencial como ficcionista.”
De cara os pequenos textos não são claros. É preciso ir juntando os pedaços no correr das páginas para se montar o quebra-cabeça. As histórias falam de pessoas, sentimentos, lugares, tempos, acontecimentos. É quando se percebe que o livro fala de coisas que passaram: memórias, não memórias do autor, mas de parentes do autor, por isso o título: “As Memórias Alheias”.
Fonte: Tribuna do Norte
Imagem: Acervo/Gustavo Sobral