Cabaré
A penumbra dominando o ambiente
Música romântica a segregar lembrança
Que ao fundo se canta, vive e dança.
Pares confidentes e um som dolente
Um bangalô antigo a beira mar
Mulheres enchendo suas taças
Guizos nervosos, cinzas e fumaças.
Cheiro de perfume solto no ar
Cabaré recanto dos desiludidos do amor
Ilusão comprada e descartada sem pudor
Confraria que não participo mais
Cabaré que o tempo agora me traz
Lembranças do meu tempo de rapaz
Amores adolescentes que não retornam jamais
Por Múcio Amaral da Costa – advogado e poeta potiguar
Imagem: Reprodução/Curiozzo