A Fundação José Augusto lança nesta segunda-feira (28) o primeiro edital de cultura da nova gestão voltado para grupos ou artistas de teatro, dança, performance, circo e audiovisual.
O edital Pauta Livre vai disponibilizar o Teatro de Cultura Popular para apresentações sem o custo do aluguel do espaço para os artistas, geralmente uma das despesas mais caras para a produção. Os equipamentos básicos de iluminação cênica e sonorização também serão disponibilizados pela FJA.
As inscrições serão realizadas de 28 de janeiro a 8 de fevereiro, de 8h às 12h.
Poderão concorrer ao edital artistas ou grupos para apresentações únicas ou em curta temporada a serem realizadas entre 22 de março a 31 de maio. As pautas serão distribuídas de quarta à domingo. O TCP tem capacidade para 165 espectadores.
Dependendo da quantidade de projetos selecionados para a categoria “Curta Temporada” o número de apresentações poderá variar entre duas e quatro.
Novo coordenador do Teatro de Cultura Popular, o ator Beto Vieira destaca a iniciativa num momento em que o Estado vive sob os efeito do decreto de calamidade financeira, além da própria democratização do espaço para os artistas do Estado:
– Vamos abrir o teatro com essa possibilidade para que as companhias recebam o mínimo de apoio, já que estamos no meio de um decreto de calamidade fiscal. Então vamos contribuir agora da forma que a gente pode, disponibilizando o espaço dessa maneira, democratizando e formalizando a isenção da pauta”, afirmou.
Bilheteria
Pelas regras do edital, os artistas ou grupos contemplados terão direito a 85% da bilheteria, ficando os 15% restantes para manutenção do TCP.
A Fundação José Augusto não vai impor um valor fixo para os ingressos, mas recomendará aos artistas contemplados que cobrem preços acessíveis ao público.
O coordenador do TCP afirmou que “o sonho” da nova gestão é conseguir pagar um cachê para os grupos e artistas que se apresentarão na Casa e cobrar valores simbólicos de R$ 1,99 para a plateia:
– Vamos dar essa recomendação de cobrar valores populares. É importante ter a casa cheia do que encarecer demais o preço. Embora a gente não vá definir um valor fixo, é preciso que não haja um exagero. Nosso sonho é poder pagar um cachê para o artista e cobrar R$ 1,99 na entrada.
A confecção de cartazes e ingressos gratuitos, seguindo o padrão definido pela Fundação José Augusto, também está previsto no edital.
Já os custos adicionais com direitos autorais, horas extras dos técnicos, materiais extras de iluminação cênica e sonorização, materiais de consumo (fitas de linóleo, fitas isolantes, fitas crepes, dentre outros custos de produção) são de inteira responsabilidade da produção dos espetáculos contemplados; Também não serão inclusos na pauta serviços de operação técnica de iluminação, cenotecnia e sonorização. Os técnicos do TCP darão apenas um suporte técnico para a montagem e realização do espetáculo contemplado;
Vieira explica que a ideia da nova gestão é abrir o TCP para artistas somente através de editais. Para 2020, a Fundação José Augusto vai abrir um edital de três meses entre fevereiro e abril e mais dois editais de quatro meses para preencher o espaço com apresentações de teatro, dança, performance, circo e audiovisual.
“Antigamente as pautas eram oferecidas aos grupos mais amigos e com os editais estamos buscando deixar o teatro com a cara de aparelho público. É preciso democratizar o acesso”, defende.
Crédito da Foto: Divulgação/Governo do RN