Tão só
Sentado aqui neste banco de praça
Não percebo que o tempo passou
Da vida nada mais acho graça
Só lamento agora o que de mim restou
Crianças brincam em meu redor
Os pássaros até cantam para mim
Mas mesmo assim sinto-me tão só
Como um fardo a desabar assim
Lembranças que correm pela mente
Assim como em um filme reprisado
Parece até que estou ficando demente
Pois para mim é como vivesse no passado
Que coisa é essa que se passa comigo
Angústia e solidão teima em aqui ficar
Ate a ausência dos meu amigos
Rasga meu peito ao relembrar
Eu desejo que tudo seja diferente
E a alegria volte a me dominar
Que a paz em minha alma se faça presente
E não me permita que volte a chorar
Por Múcio Amaral da Costa – advogado e poeta potiguar
Foto: Reprodução/You Tube