Com menos de 500 unidades novas paradas no mercado e gerando despesa, construtoras e imobiliárias de Natal e região metropolitana esperam o “milagre econômico” do governo Bolsonaro.
O empresário Caio Fernandes, que há décadas atua no mercado imobiliário potiguar, explica que, com a crise econômica, acentuada a partir de 2015, os valores de mercado dos lançamentos ficaram praticamente congelados. “Quando a economia sinalizar as primeiras recuperações, somadas ao fim dos estoques, os preços devem ser corrigidos em torno de 35% de uma vez”, analisou.
Com isso, segundo ele, o preço médio do metro quadrado de imóveis de maior padrão em Natal decolará dos atuais R$ 5,5 mil para R$ 8,5 mil.
Antes da crise, a relação dos lançamentos para os chamados “avulsos”, também conhecidos como prontos ou mercado secundário, imóveis de “revenda”, era de 80% para 30%, respectivamente.
“Essa proporção está momentaneamente invertida”, informou o empresário Caio Fernandes, que há décadas é um dos principais players do mercado de compra e venda de imóveis em Natal.
Ele faz questão de frisar “momentaneamente” uma vez que no começo dos anos 2000, com a chamada invasão estrangeira, os imóveis eram vendidos sem qualquer esforço a preços que hoje seriam inimagináveis.
Na outra ponta dos negócios – a construção civil – muito dessa reação dependerá também da atualização do Plano Diretor de Natal, cujo atraso de 10 anos vem causando grandes prejuízos às pessoas e ao mercado.
“Hoje, a tendência é para imóveis pequenos e com muitas áreas comuns, o que não tem espaço no atual Plano Diretor”, diz Silvio Bezerra, presidente do Sindicato da Construção Civil do RN (Sinduscon).
Ele lembra que a falta por anos de uma Lei para os distratos imobiliários, só sancionada nos últimos dias do governo Temer, quebrou grande parte das construtoras potiguares.
Fonte: Agora RN
Imagem: José Aldenir