Dos 47 reservatórios do Rio Grande do Norte, 15 estão em situação emergência, o equivalente a 32% das reservas hídricas do Estado. Dos reservatórios em pior situação sete estão em volume morto e oito completamente secos, a exemplo do açude Gargalheiras, em Acari, e Dourado, em Currais Novos.
O monitoramento é realizado pelo Instituto de Gestão das Águas (Igarn).
As reservas hídricas do Rio Grande do Norte estão, no início de janeiro, com 21,7% da capacidade de armazenamento. O valor representa pouco mais de 960 milhões de m³ (metros cúbicos) de água disponíveis.
Localizada na bacia do rio Piranhas-Açu, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório potiguar, está com 20,66% de sua capacidade total, o que representa 495,7 milhões de m³. Já a barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 600 milhões de m³, está com 135,2 milhões de m³, correspondentes a 22,55% do total de armazenamento.
O açude Umari, em Upanema, com capacidade para 292 milhões de m³, está com 102,6 milhões de m³, representando 35% da água que pode ser acumulado. Entre os açudes em volume morto estão: Pilões (2,5%), Malhada Vermelha (10%), Rio da Pedra (18%), Itans(1,8%), Zangalheiras (1,34%), Esguicho (0,11%) e Bonito II (1,07%).
Os reservatórios secos atualmente são: Santana, em Rafael Fernandes; Cruzeta, em Cruzeta; Marechal Dutra (Gargalheiras), em Acari; Dourado, em Currais Novos; Santa Cruz do Trairi e Inharé, ambos em Santa Cruz; Trairi, em Tangará; e Japi II, em São José do Campestre.
De acordo com diretor do Igarn Caramuru Paiva, a expectativa a curto prazo recai sobre o inverno:
– As obras hídricas levam tempo para serem feitas. Vamos aguardar que as previsões de um bom inverno se concretizem e intensificar o que a governadora Fátima Bezerra já anunciou no programa de Governo durante a campanha, que é o plano estadual de segurança hídrica, instrumento que vai melhorar a gestão e criar estruturas pra garantir essa segurança hídrica”, disse.
O Igarn é responsável por executar as ações de gestão dos recursos hídricos do Estado. Entre as atividades realizadas pelo Instituto estão o monitoramento quantitativo e o qualitativo das águas dos mananciais, assim como regularização e fiscalização do uso da água. O Igarn realiza ainda ações de interiorização e educação em recursos hídricos visando conscientizar sobre o uso da água.
Situação já foi pior
Apesar de crítica, a situação das reservas hídricas do Estado já foi pior. No final de 2016, relatório elaborado pelo Igarn apontava 69% dos reservatórios do Estado em situação crítica. Na época, 12 estavam em volume morto e 21 completamente secos.
Fonte: Agência Saiba Mais
Imagem: reprodução/Agência Saiba Mais