O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte espera arrecadar mais de R$ 20 milhões por ano com a cobrança de uma taxa destinada à corporação, e que será paga pelos potiguares junto ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA. Se a população for adimplente, essa será a maior fonte de arrecadação da instituição.
Para tratar sobre o assunto, o PORTAL NO AR foi ao quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros que, a partir desta sexta-feira (4), volta a ser comandado pelo coronel Luiz Monteiro.
Deixando a posição de comandante para ocupar o subcomando, o coronel Josenildo Acioli explicou para onde vão os R$ 15 reais cobrados dos motociclistas e os R$ 25 dos proprietários dos carros de passeio.
“Todo esse valor será investido no Corpo de Bombeiros. Criamos, inclusive, uma conta bancária para que esta quantia venha diretamente para a corporação. É com esse dinheiro que vamos investir em equipamentos, na tropa e também nos projetos sociais que desenvolvemos”, ressaltou o subcomandante.
A ‘Taxa dos Bombeiros’ foi instituída na Lei Complementar nº 612, de 27 de dezembro de 2017, e que alterou a Lei Estadual 247, de 19 de dezembro de 2002, naquele ano foi criado o Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros Militar. A nova cobrança já consta no carnê dos proprietários de veículos.
O tenente-coronel Santos Lima, da diretoria do Corpo de Bombeiros, explicou que a cobrança da taxa para os proprietários de veículos foi algo instituído por lei e que já acontece em outros estados. “No Rio de Janeiro, por exemplo, se cobra um valor pela propriedade de imóveis. Aqui foi determinado que se cobrasse por automóveis. A escolha de quem paga a conta foi da legislação o que, inclusive, foi aprovado pela Assembleia Legislativa”, ressaltou.
O coronel Acioli complementou dizendo que o valor será revertido em benefícios para a própria população. “Isso é um investimento para a corporação salvar vidas no Rio Grande do Norte. Queremos contar com a compreensão e a parceria da sociedade”, destacou.
Com déficit no efetivo e também nos equipamentos, a taxa deve ajudar a contornar a situação do Corpo de Bombeiros. “É uma atividade cara. Só a roupa de um bombeiro na cena de operação custa R$ 10 mil. As viaturas são adquiridas em dólares. Com dinheiro teremos melhores equipamentos. Não dá para investir sem recursos”, comentou o tenente-coronel Santos.
Outra área que será beneficiada com a renda cobrada junto ao IPVA é a da assistência social. Hoje, o Corpo de Bombeiros realiza projetos sociais com crianças e idosos, principalmente. “O bombeiro desenvolve também esse lado humano que nos traz tanta alegria. Isso será uma das prioridades, além do trabalho de prevenção”, finalizou o coronel Ulysses Valle, que também participou da conversa.
Fonte: Portal no Ar
Imagem: Endy Mahara/Portal no Ar