Uma sonda chinesa pousou pela primeira vez do lado da Lua que fica oposto à Terra.
A sonda Chang’e-4, cujo nome homenageia a deusa chinesa da lua, pousou em uma das crateras do satélite, e já mandou uma foto de volta para a Terra:
A cratera em que Chang’e-4 pousou é a bacia do Polo Sul – Aitken, uma das maiores e mais antigas crateras causadas por colisões de todo o Sistema Solar. Espera-se que a sonda seja capaz de coletar informações sobre a composição mineral e formações de terreno da região, além de coletar dados sobre o céu desse ponto de vista único — ainda mais se levarmos em consideração que não há interferência do Sol ou das ondas eletromagnéticas terrestres para analisar as estrelas.
O lado oculto da Lua permaneceu inexplorado por muito tempo dada a dificuldade em conseguir um pouso em sua superfície, uma vez que, daqui da Terra, é impossível se comunicar diretamente, pois o lado oculto nunca está virado para o planeta. Para realizar a missão, a China colocou um satélite próximo da Lua em maio de 2018, possibilitando assim a comunicação.
Com o sucesso dessa missão, a China se consolida como uma grande potência do espaço, juntamente com EUA, União Europeia e Rússia. “Há muito de geopolítica e astropolítica nisso, não é apenas uma missão científica, é tudo sobre a ascensão da China como uma superpotência”, diz Malcolm Davis, analista sênior de defesa do Instituto Australiano de Política Estratégica.
A imagem destacada é o lado oculto da Lua capturado pela Apollo 16. Com informações dos sites The Guardian e The Verge.
Fonte: Jovem Nerd